quarta-feira, 30 de março de 2011

ESTÁDIOS DA FIFA DEVERÃO SER SUSTENTÁVEIS



Nova norma estabelece que, para serem homologados pela Fifa, estádios deverão possuir certificado de construção sustentável. No Brasil, para acelerar o processo, o BNDES está oferecendo vantagens de financiamento para as obras das arenas esportivas que estão alinhadas com os princípios estabelecidos para esse tipo de construção

Os grandes impactos da construção civil no meio ambiente já não são segredo para ninguém: de acordo com dados da ONG GBC-Brasil - Green Building Council Brasil*, o setor é responsável por 65% da produção anual de lixo do país, além de responder por 25% das emissões de CO2e e 41% do consumo de energia elétrica. Para tentar mudar essa realidade, muitos movimentos no Brasil e no mundo defendem os princípios da construção sustentável e, agora, até mesmo a Fifa - Federação Internacional de Futebol está aderindo à causa.

A mais nova exigência do Caderno de Encargos da Fifa, para os estádios que têm a pretensão de serem homologados pela Federação, é que as arenas esportivas possuam certificado internacional que ateste que suas obras foram realizadas em alinhamento com os princípios da construção sustentável. A certificação ainda deverá ser emitida por um dos três principais selos verdes do ramo: o Green Star, o Green Globes ou o Leed - Leadership in Energy and Environmental Design*, que no Brasil é concedido pela GBC.

Paralelo a isso, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou outra novidade que promete incentivar ainda mais o setor da construção sustentável: a instituição acaba de criar duas linhas de crédito - uma para arenas esportivas e outra para hotéis - que oferece vantagens de financiamento para as obras comprometidas com os princípios da construção responsável.

As novidades parecem, mesmo, ter despertado o interesse do setor esportivo pelas obras sustentáveis: cinco dos 12 estádios brasileiros que foram escolhidos para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 já entraram com pedido para certificação Leed. "O primeiro foi o Mané Garrincha, em Brasília, que já possuía projetos que seguem essa linha de atuação. Em seguida, vieram os outros estádios, que ficam em Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador", contou Marcos Casado, gerente-técnico da GBC-Brasil, que ainda completou: "Há uma sexta arena esportiva que entrou com pedido de certificação Leed, mas não foi eleita para sediar os jogos de 2014: a do Grêmio, em Porto Alegre. Lá, o Internacional - que é privado e ainda não demonstrou interesse no selo Leed - foi eleito como estádio-sede da Copa, mas acredito que ele corre o risco de perder esse posto para o Grêmio, exatamente por conta dessa questão da construção sustentável".

BENEFÍCIOS PÓS-COPA DO MUNDO
Na opinião dos profissionais da GBC-Brasil, as novidades não só ajudarão a termos uma Copa do Mundo mais verde em 2014, no Brasil, como também trarão benefícios para o país após o evento esportivo. "Os torcedores experimentarão os benefícios dos estádios sustentáveis - como melhor conforto e maior visão do gramado, além das vantagens ambientais - e começarão a demonstrar maior interesse nessas arenas esportivas. Logo, os estádios que ainda não estão de acordo com os princípios da construção sustentável sentirão a concorrência e também vão querer elevar seu padrão de qualidade", disse Maria Clara Coracini, que é diretora-executiva da GBC-Brasil.

Já o gerente operacional da ONG, Felipe Faria, lembra de um outro benefício, que está relacionado à paixão do brasileiro pelo esporte e, sobretudo, pelo futebol: "Eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas mobilizam todo o país e, por isso, tem um potencial gigantesco para transmitir mensagens à população. Acredito que, ao chamar a atenção para a questão da sustentabilidade, esses eventos podem ajudar a acelerar o processo de conscientização das pessoas".

Para Faria, ao vivenciar os benefícios das construções sustentáveis, os brasileiros passarão a levar mais em conta os critérios socioambientais na hora de comprar um imóvel. "Isso vai ajudar a aquecer o mercado residencial da construção sustentável, que ainda enfrenta dificuldades. Muitas construtoras alegam que não adotam os princípios da certificação Leed porque os clientes ainda não entendem os benefícios de pagar um pouco a mais pelo imóvel para ter economia financeira e maior bem-estar no futuro. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem ser excelentes oportunidades para mudar essa visão dos consumidores", afirmou.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

JAPÃO - ANTES E DEPOIS DO TSUNAMI



Imagens obtidas por meio de satélites têm sido importantes para fornecer um retrato exato da extensão da destruição causada pelo terremoto seguido por tsunami que atingiu o Japão em 11 de março.

O International Charter Space and Major Disasters, que distribui dados orbitais para auxiliar países afetados por desastres naturais, foi acionado pelo governo japonês no mesmo dia em que o desastre ocorreu. Como resultado, imagens feitas por diversos satélites estão sendo utilizadas para mapear as áreas afetadas.

Em janeiro, após deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro, o International Charter Space and Major Disasters foi acionado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para fornecer imagens e dados para serem utilizados nos trabalhos de recuperação e prevenção.

Fundada na Europa em 2000, a iniciativa combina dados de satélites de várias agências e operadores espaciais de modo a fornecer informações gratuitas que possam ajudar na coordenação de respostas mais rápidas a grandes desastres naturais, como os esforços de auxílio nas áreas atingidas.

A partir dos dados reunidos, especialistas têm podido avaliar a extensão da devastação causada pelo terremoto e tsunami que até o momento soma mais de 8 mil mortes confirmadas, com outras 12 mil pessoas desaparecidas e 360 mil evacuadas e acomodadas em abrigos temporários.

A comparação de imagens feitas antes e depois do desastre permite verificar onde havia estradas, prédios e outras construções e estimar o que foi destruído.

O trabalho de análise dos dados é coordenado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e pelo Instituto de Tecnologia da Ásia. Entre os satélites utilizados estão o TerraSAR-X, da Alemanha, o SPOT-5, da França, o Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), e unidades dos Estados Unidos.

Segundo a ESA, a análise dos dados ajudará não apenas no processo de avaliação e reconstrução no Japão, mas no aumento da compreensão de como desastres naturais podem atingir áreas habitadas, conhecimento essencial para o desenvolvimento de melhores sistemas de alerta.

Uma divisão do International Charter Space and Major Disasters está analisando 20 anos de dados de satélites de observação para ajudar a entender melhor o impacto dos riscos geológicos.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 16 de março de 2011

TECNOLOGIAS LIMPAS CHEGARAM PARA FICAR



Que diferença faz uma década. Defendidas antes apenas por ambientalistas radicais, as tecnologias verdes se tornaram um peso pesado na economia, segundo a empresa de pesquisa Clean Edge Inc., que fez uma análise do mercado americano, relata o Los Angeles Times.

Empresas que trabalham com construção verde e grades inteligentes (smart grids) proliferam. De menos de 10 mil carros elétricos híbridos em 2000, há hoje 1,4 milhão deles andando nas ruas dos EUA.

O mercado solar fotovoltaico cresceu uma média de 40% ao ano na última década, chegando a U$ 71.2 bilhões em 2010, comparados aos U$ 2.5 bilhões de 2000. O custo média de instalação de um sistema fotovoltaico era de U$ 9 por watt de pico, e hoje é de U$ 4.82.

A indústria eólica teve crescimento semelhante, com crescimento anual de 30% em média e saltando de U$ 4.5 bilhões em 2000 para U$ 60.5 bilhões em 2010. Quase um quarto de todo investimento de risco nos EUA vai hoje para tecnologias limpas, comparado a 1% em 2000. Este ânimo positivo segue a mesma intensidade de telefones, computadores e Internet, disse Ron Pernick, diretor da Clean Edge.

“Os mercados ainda não chegaram à maturidade, mas cresceram muito a partir de uma fundação muito pequena", segundo ele. Em 2010, com relação ao ano anterior, as receitas do mercado global combinado de energia solar, eólica e de biocombustíveis cresceu em 35%, chegando a U$ 188 bilhões - quantia que dever alcançar U$ 349 bilhões em dez anos.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

BRASIL PREPARA LEIS PARA CONTROLE DOS GASES HCFC



A necessidade de reforçar o controle de gases HCFC (hidroclorofluorcarbonos), que prejudicam a camada de ozônio, mobiliza o governo brasileiro na preparação de leis e normas mais restritivas. A consulta pública sobre o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs* foi encerrada em janeiro deste ano. A meta é reduzir em 10% o consumo de HCFCs até 2015; 35%, em 2020 e chegar a 97,5%, no ano de 2030.

A iniciativa, segundo o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, é apoiada por meio de dois projetos da instituição. Um se chama “Fortalecimento Institucional do Protocolo de Montreal” (tratado assinado em 1987 por 196 países para eliminar substâncias que destroem a camada de ozônio) e o outro “Os buracos nessa camada intensificam os raios solares ultravioletas, o que aumenta o risco de doenças como cegueira e câncer de pele”.

Apesar de o Brasil ter ratificado o Protocolo e se comprometido a manter controle rígido sobre a entrada da substância até 2013, enfrenta dificuldades principalmente com relação ao uso do HCFC por indústrias de refrigeração e de espumas. O seu ingresso no país, segundo o PNUD, tem aumentado 14% ao ano.

Hoje a importação tem cotas máximas liberadas e é controlada por licença emitida pelo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. A autarquia do MMA – Ministério do Meio Ambiente, entretanto, não dispõe de normas específicas para ações de fiscalização e sobre destinação de materiais apreendidos. Por ano, chegam a ser importadas para o país 24 mil toneladas de HCFC. Já no Brasil, a substância não é mais produzida, desde 1999. De acordo com o Protocolo de Montreal, até 2040, os países signatários devem zerar o ingresso da substância.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2011

ROLLS ROYCE VAI APRESENTAR O SEU PRIMEIRO ELÉTRICO



Nem o segmento mais sofisticado da autoindústria escapa da onda de veículos ecológicos. A Rolls-Royce anunciou esta semana o desenvolvimento de um protótipo 'eletrificado' do modelo clássico Phantom, que será apresentado ao público durante o Salão de Genebra, entre os dias 3 e 13 de março. Segundo a fabricante inglesa, o Phantom Experimental Electric, chamado de 102 EX, foi produzido em caráter experimental para testar o 'apetite' do mercado automobilístico de luxo por carros verdes.

Ainda não há muito para se ver, a empresa divulgou apenas três imagens do novo conceito e reservou os dados técnicos para o começo de março. Mas adiantou que apresentação do carro em Genebra é apenas o início de um tour mundial que o levará a vários pontos da Europa, do Oriente Médio, à Ásia e à América do Norte.

Nos países por onde vai passar, clientes da marca e candidatos terão a oportunidade de testar o modelo sustentável. Entretanto, quem quiser levar este luxo verde para garagem de casa, terá que aguardar até 2013 (ano estimado para lançamento) e desembolsar uma bagatela de mais de um milhão de euros, segundo especulações da imprensa internacional, quase o triplo do valor do Phantom clássico.

"Acabamos de criar o primeiro veículo elétrico do mundo acionado por bateria no segmento de ultraluxo", afirmou Torsten Muller-Otvos, diretor executivo da empresa, em nota à imprensa."Precisamos estar seguros de que qualquer alternativa que escolhermos para o futuro dos nossos carros seja uma autêntica 'experiência' Rolls Royce".

Em simultâneo com a apresentação do Phantom elétrico em Genebra, a Rolls Royce lança também o site www.electricluxury.com , onde pretende dar início a um debate sobre a oportunidade desta aposta. O site também irá fornecer atualizações regulares sobre o desempenho do carro elétrico durante o tour.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br