quarta-feira, 27 de abril de 2011
Agentes Poluidores do Ar
A poluição da atmosfera ocorre pela introdução de inúmeras partículas suspensas no ar, alterando gradativamente as condições naturais de vários ecossistemas, bem como danos à saúde humana.
Entre os principais agentes geradores de poluentes estão: os motores dos automóveis, as indústrias siderúrgicas, as fábricas de cimento e papel, as refinarias, a incineração de lixos domésticos e as queimadas de florestas para expansão de lavouras e pastos.
Os poluentes mais incidentes na atmosfera, em geral nas grandes metrópoles, estão relacionados à emissão de gases, tais como: monóxido de carbono (CO), com concentração média igual a 45%; dióxido de nitrogênio (NO2), aproximadamente 16%; dióxido de enxofre (SO2), proporcionalmente a 19%; hidrocarbonetos com 13% de distribuição no ar; e 7% compreendendo as demais partículas.
As causas da intensa degradação ambiental são visivelmente observadas e sentidas através de processos cada dia mais evidentes, como:
- O fenômeno de inversão térmica, em virtude do aquecimento e má circulação de correntes de ar, com aumento significativo da temperatura e acúmulo de partículas poluentes em suspensão.
- Retenção da radiação solar aumentando o efeito estufa, essencial à manutenção da vida em níveis tolerantes, mas prejudicial quando excessivo.
- Precipitações com alto teor de substâncias ácidas (enxofre e nitrogênio) formando a chamada chuva ácida.
- E a destruição de camada de ozônio decorrente da emissão de gases do grupo dos clorofluorcarbonetos (CFC), utilizados na fabricação de geladeiras e plásticos, atualmente substituídos por outros compostos.
O monóxido de carbono, por exemplo, é um gás extremamente perigoso, que quando inalado pelo homem, associa-se à hemoglobina (célula do sangue) e forma um composto estável (a carboxiemoglobina), causando asfixia pela não oxigenação dos tecidos orgânicos.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/agentes-poluidores-do-ar.htm
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O CARRO ELÉTRICO POLUI
Do ponto de vista de poluição local, o carro elétrico é muito bom. Não emite gases tóxicos — nem sequer contribui para o aumento da poluição sonora. O problema é quando se abre o foco e se pensa do ponto de vista da poluição global. Para abastecer um carro elétrico, é preciso ligá-lo na tomada, por várias horas. Essa energia elétrica precisa vir de algum lugar. Na maior parte do mundo, ela é fornecida por queima de combustíveis fósseis: carvão, gás natural e óleo pesado. Ou seja, este tipo de veículo emite CO2 indiretamente, no momento de ser abastecido.
Vejamos: os carros elétricos estão no mercado há muito tempo. Já existiam em Paris, em 1881. Em 1888, Londres inaugurava seu primeiro ônibus movido a eletricidade. Tudo indicava que tomariam as ruas, mas quem venceu foram os veículos com motores de combustão interna. E não é porque eles são mais eficientes, não. É porque são mais baratos. Desde o século 19, esse panorama não mudou. Quando eu olho para daqui a 10 ou 20 anos, não vejo o carro elétrico dominando o mercado, porque ele é caro demais. Talvez, quem sabe, para 2050...
Ainda assim, o governo americano vem investindo nos subsídios a carros elétricos. Hoje, o cidadão do país que compra um veículo deste tipo pode abater até US$ 7.500 no imposto. O governo da Califórnia banca a instalação doméstica do aparelho de abastecimento do carro. A Europa vêm investindo pesado na pesquisa deste tipo de modelo. Mas estudos do próprio governo americano apontam que o carro elétrico continuará sendo comercialmente inviável pelos próximos dez anos.
O problema é que esses países são pressionados a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Para eles, o carro tende a ser o bode expiatório da emissão de CO2 porque os veículos podem ser considerados um luxo, principalmente em locais onde o transporte público funciona. Daí o investimento pesado em veículos híbridos, elétricos, movidos a hidrogênio... O importante é lançar no mercado modelos que não lancem poluentes por um escapamento. Se o carro elétrico vai aumentar a poluição gerada por usinas termelétricas, problema delas.
E estamos falando de países que não têm alternativas energéticas, mas constituem um mercado automobilístico grande e sólido. No caso do Brasil, a aposta em veículos elétricos, que vem sendo discutida internamente pelo governo federal, não faz nenhum sentido. Temos uma alternativa tão pouco poluente quanto o modelo elétrico, e muito mais barata: o etanol. Nosso álcool pode não ser 100% renovável, porque usamos diesel para arar a terra e transportar o combustível. Mas é equiparado aos carros elétricos, até porque as próprias plantações de cana-de-açúcar recolhem gases poluentes do ar. E essa é uma indústria já solidificada e instalada. Para reduzir a emissão global de CO2 não precisamos gastar o mesmo que os países europeus. Essa aposta faz sentido para a indústria automobilística deles, não para a nossa — até porque nosso mercado é composto por carros pequenos e (tirando a alta carga de impostos) baratos.
A aposta no carro elétrico é uma estratégia de autodefesa da indústria automobilística dos países desenvolvidos. Não é a hora do Brasil investir nesse mercado. Já temos nosso próprio combustível não-poluente, e ele é muito mais barato.
Francisco Nigro é engenheiro mecânico, pesquisador do desenvolvimento de motores e assessor técnico da Secretaria de Desenvolvimento do governo de São Paulo
Fonte: http://revistagalileu.globo.com
quarta-feira, 6 de abril de 2011
ENERGIA SOLAR AUMENTA QUALIDADE DE VIDA NA ÁFRICA
Os painéis solares instalados no sudeste africano, pela ONG SolarAid, aumentaram a qualidade dos sistemas públicos de educação e saúde da região, transformando a vida de diversas comunidades carentes
Todo dia que o Sol dá as caras na zona rural do sudeste africano é um indício de que vai haver aula nas escolas da região. Foi graças à energia solar que milhares de jovens puderam retomar (ou até iniciar, em alguns casos) os estudos. Como muitas regiões da África sofrem com a falta de energia elétrica, um grupo de voluntários criou uma força-tarefa para instalar painéis solares nas escolas, possibilitando que os alunos pudessem aprender também a noite, quando os colégios costumavam ficar fechados por falta de eletricidade.
Com a energia limpa vinda dos raios de sol, foi possível retomar as aulas em 108 escolas da região. A captação de energia solar também permitiu que os estudantes tivessem acesso ao computador e à internet, buscando conteúdos na rede e aprendendo de uma maneira diferente daquela a que estavam acostumados. Essa é apenas uma das ações da SolarAid, ONG que trabalha para gerar energia para as comunidades africanas. Com atuação em países como Quênia, Tanzânia, Maláui e Zâmbia, a instituição já conseguiu levar energia para mais de 10 mil residências e mais 19 clínicas, além de hospitais e comércios. Com base em Londres, a SolarAid capacita voluntários para ensinarem os próprios moradores dessas comunidades a instalarem as placas fotovoltaicas (que transformam raios de sol absorvidos em energia elétrica) e ainda incentiva o empreendedorismo, à medida que possibilita que os habitantes capacitados passem a vender (por preços justos, claro) os produtos criados pela ONG com o selo SunnyMoney, que vão desde luminárias para as casas a carregadores de celulares e outros equipamentos.
Com um investimento de menos de 1,5 milhão de libras até agora, a instituição conseguiu gerar empregos, resolver o problema de falta de energia em 45% das comunidades carentes do sudeste africano, aumentar a incidência de crianças e adolescentes nas escolas e ainda promover o uso de uma energia limpa e renovável que, além de tudo, faz bem aos próprios moradores - que, assim, deixaram de consumir cerca de 2,3 milhões litros de querosene tóxico à saúde.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
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