quarta-feira, 29 de junho de 2011
O mercado das mudanças do clima
Estudo lançado este mês pelas Nações Unidas, a Oxfam e o World Resources Institute aborda as mudanças climáticas de uma forma diferente: com viés empresarial e mercantil. Intitulado “Adaptação para uma economia verde: empresas, comunidades e mudanças do clima”, o texto tem como objetivo principal servir de fonte para as empresas com mercados nacionais, regionais e globais que tenham interesse em aumentar seu foco estratégico em matéria de adaptação nos países em desenvolvimento – onde possuem operações, empregados, clientes atuais e potenciais. A maioria das companhias entrevistadas para o relatório percebem as mudanças do clima como um mercado: 86% dizem que responder aos riscos climáticos ou investir em adaptação é uma oportunidade de negócio para a sua empresa.
Fonte: Relatório Adaptação para uma economia verde: empresas, comunidades e mudanças do clima
No documento fica clara a orientação às companhias para que dediquem parte de seus negócios à questão do clima, para que garantam um mercado futuro. Num trecho do resumo executivo, afirma-se que os desafios que as comunidades dos países em desenvolvimento enfrentam com alterações cimáticas são também desafios para as empresas, já que estas últimas dependem das comunidades como fornecedores, clientes e funcionários.
Quando o estudo aborda o caminho para se chegar a uma economia verde, segue uma visão empresarial, na qual aparece a sugestão de uma parceria entre público-privado a fim de facilitar e orientar os negócios das companhias nesse novo nicho de mercado. Os resultados seriam a redução dos gases estufa e a prevenção da perda da biodiversidade e do ecossistema (vistos como “benefícios da natureza para as pessoas”).
Sua abordagem é, assim, bastante diferente de outros estudos, que sempre trazem o problema humano como central. Neste caso, é o problema econômico que está em jogo, da possível perda de mercados, clientes, fornecedores de matérias-primas e mão-de-obra que as grandes empresas podem sofrer se não investirem para o aumento do potencial de adaptação às alterações climáticas nos países menos desenvolvidos.
Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/25140-o-mercado-das-mudancas-do-clima-
quarta-feira, 22 de junho de 2011
15 dicas para um consumo mais sustentável
Você já parou para pensar sobre os impactos ambientais que o seu padrão de consumo causa? As compras que fazemos – seja na feira, no supermercado ou no shopping center –, a maneira como produzimos nosso lixo, como usamos nossos eletrodomésticos, como consumimos água e energia ou até mesmo carne e produtos de madeira deixa marcas degradantes no meio ambiente. Atualmente, consumimos 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Por isso, uma mudança de atitude é mais do que necessária e é bem mais simples do que você pode imaginar. Confira abaixo algumas dicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para poupar o meio ambiente com pequenas alterações em nossos hábitos.
- Questione e avalie os seus hábitos de consumo antes de decidir pela compra de qualquer produto e procure consumir apenas o necessário.
- Informe-se sobre a origem e o destino de tudo que você consome. Optar por produtos feitos com métodos sustentáveis ajuda a cadeia produtiva a ser mais responsável e minimiza os impactos no meio ambiente.
- Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta e escolha aquele que consome menos energia.
- Evite luzes ou equipamentos ligados quando não for necessário. Os aparelho em stand-by continuam consumindo energia.
- Cobre das empresas de eletroeletrônicos uma política de coleta, reciclagem e fabricação de produtos com baixo consumo de energia.
- Reduza o tempo do banho. Você poupa água e ajuda a diminuir o consumo de energia. E não deixe de revisar suas torneiras! Uma torneira pingando a cada 5 segundos representa, em um dia, 20 litros de água desperdiçada.
- Solicite produtos orgânicos com certificação de origem de qualidade de gestão ambiental aos supermercados e fornecedores de materiais de limpeza.
- Substitua a lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas. Elas geram a mesma luminosidade, duram mais e poupam 80% de energia.
- Ligue a máquina de lavar roupa apenas com a carga cheia. Você poupa água, energia, sabão e tempo.
- Utilize sacolas de pano ou caixas de papelão em vez de recorrer às sacolinhas plásticas.
- Ao comprar móveis, prefira madeira certificada. Assim você evita o desmatamento da Amazônia.
- Sempre que possível, reutilize produtos e embalagens. Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar. E, mesmo que não seja feita a coleta seletiva em seu bairro, separe o lixo reutilizável do orgânico e encaminhe para a reciclagem. Reciclar é uma maneira de contribuir para a economia dos recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.
- Diminua o uso de produtos de higiene e limpeza. Assim você reduz o nível de poluentes presentes na água e no tratamento do esgoto.
- Incentive a carona solidária e organize caronas com familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
- Faça as contas: ir a pé, usar bicicleta, transporte coletivo ou táxi é mais barato e polui menos do que comprar um automóvel. Mas, se a compra de um carro for inevitável, consulte a Nota Verde do Proconve no site www.ibama.gov.br e a etiqueta de eficiência energética para escolher o modelo menos poluente. E não esqueça de manter em dia a manutenção do seu veículo. Faça inspeção veicular, não retire o catalisador, devolva a bateria e os pneus usados ao revendedor na hora da troca. Os pontos de venda são obrigados a aceitar e reciclar esses produtos.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
No Fashion Rio, bons exemplos da incipiente moda verde.
Sola de sapato biodegradável da Amazonas que se decompõe em 5 anos, foto: Fabíola Ortiz
No último Fashion Rio, entre 169 grifes, apenas duas abraçaram o conceito de moda verde que inclui linhas de produtos recicláveis, reutilizados e até biodegradáveis.
Uma delas é a grife mineira Raiz da Terra Green Co. que, desde 2003, aposta na produção de roupas e calçados com ênfase em reduzir o impacto ambiental. “A moda verde é a uma marca economicamente viável, socialmente responsável e ecologicamente correta”, explica a O ECO Cassius Pereira, diretor da marca, ao destacar que a preocupação ambiental perpassa por todo o processo produtivo.
Na hora de escolher os fornecedores, a empresa é criteriosa. Só usa tecidos 100% naturais, entre orgânicos ou reciclados. O tecido orgânico é aquele cuja matéria-prima foi cultivada sem agrotóxicos ou inseticidas, como, por exemplo, algodão, linho, cânhamo e bambu. Também são usados algodão reciclado ou poliéster de PET, tanto na linha de calçados como para shorts e saias. O couro é vegetal, feito de látex fornecido do interior de São Paulo ou de cooperativas extrativistas na floresta amazônica.
As práticas administrativas e de manufatura fazem parte da mudança, o que implica o uso de papel reciclado, redução do consumo de água, luzes de Led, reutilização de resíduos de tintura e uso ou revenda de retalhos de tecidos para cooperativas que confeccionam tapetes.
Um dos maiores vilões do processo de confecção é a etapa do tingimento, pois feito em larga escala consome grande quantidade de água potável e gera efluentes poluidores. O desafio da Raiz da Terra Green era racionar o uso de água e evitar o seu descarte sem tratamento. A saída foi investir numa tintura feita com matéria-prima natural a partir de cores extraídas de elementos minerais, raízes e folhas. Não funciona para tudo: “Existem ainda certas cores que não conseguimos obter com pigmentação natural, em geral as mais escuras, o preto principalmente, mas também o marrom e o grafite”, conta Pereira. Outra medida foi “reutilizar indefinidamente” a tinta, isto é, fazer um ciclo fechado de tingimento, reciclando a água e os pigmentos utilizados.
Quase todos os produtos são biodegradáveis, a não ser o poliéster de PET que é uma fibra sintética usada na produção de solas de sapato.
Tecido piquet em poliester reciclado de garrafas PET da Raiz da Terra Green, foto: divulgação
Falta preço e fornecedor
Na avaliação da pesquisadora e professora de design sustentável do SENAI, Vânia Polly, “A moda verde já foi uma tendência, agora é uma emergência. O desafio para o mundo da moda é combinar a sustentabilidade. A moda trabalha com descarte, com o ciclo de vida do produto e, por isso, tem que trabalhar o reuso e o reciclável”. O maior entrave ainda é encontrar fornecedores dos produtos certos, por exemplo, corantes biodegradáveis e tecidos orgânicos. Igualmente não ajuda o preço das peças verdes ser mais alto do que as convencionais.
Para os pés, moda biodegradável
A segunda marca a apresentar produtos sustentáveis no Fashion Rio foi a Amazonas, do interior de São Paulo, que trabalha com chinelos de borracha recicláveis. As rebarbas que sobram da fabricação e os calçados gastos são reciclados e viram piso de borracha ou xaxim ecológico.
A sola biodegradável no sapato é outra aposta pioneira da Amazonas. Ela se decompõe em 5 anos, enquanto uma sola comum leva 500 anos para se degradar. “O solado e a cola são biodegradáveis, à base de água”, explica Leandro Araújo, representante de marketing da empresa. O preço final do calçado fica cerca de 20% mais caro usando esses materiais e, segundo Leandro, o maior obstáculo é o receio do consumidor de que o produto se desmanche. Segundo ele, isso é descabido: “Fazemos testes em laboratório e o sapato cumpre as exigências habituais e tem a mesma duração de um calçado comum”.
Sandálias de borracha reciclável da Amazonas, foto: Fabíola Ortiz
Fonte: http://www.oecocidades.com/
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Cidades de todo mundo discutem clima
Prefeitos reunidos em São Paulo: discussão girou em torno de como adotar práticas concretas para reduzir emissões de gases de efeito estufa (foto: Juliana Tinoco)
São Paulo - Foi sob o mote de que nações falam, cidades agem, que prefeitos da C40, rede de metrópoles unidas para pensar soluções para o clima, deram o tom do encontro do bianual do grupo, que pela primeira vez acontece na América Latina, entre os dias 31 de maio e 2 de junho, em São Paulo. O evento serve para firmar parcerias, trocar boas práticas e discutir problemas relacionados às mudanças climáticas e as cidades.
No primeiro dia de plenárias da rede - que desde 2005 agrega 40 grandes cidades, responsáveis por 12% das emissões de gases estufa e 21% do PIB mundial - o destaque ficou por conta de um acordo firmado com o Banco Mundial. Não se falou em valores imediatos, mas Robert Zoellick, presidente do banco, garantiu que o fundo verde para as cidades pode chegar a 50 bilhões de dólares.
Entre os objetivos do banco com a parceria estão desenvolver métodos para medir emissões de gases estufa nas cidades e avaliar as práticas que funcionam. “Como vou arrecadar fundos se não sei o que anda sendo feito?”, questionou Zoellick, que enfatizou também a necessidade de pensar a adaptação dos grandes conglomerados urbanos às mudanças do clima. “É preciso dar suporte para que os prefeitos melhorem os serviços básicos e reduzam a vulnerabilidade de suas cidades”, enfatizou.
Quem também atraiu holofotes foi o ex-presidente americano Bill Clinton, que falou em nome da The Clinton Foundation, parceira da C40. Elogiou o biocombustível brasileiro como sendo o mais eficiente do mundo, afirmou que o país precisa rever a política de criação de gado na Amazônia e chamou lixo de riqueza: “Se fecharmos aterros sanitários, recliclarmos e devolvermos este carbono ao solo resolveríamos problemas de saúde pública, geraríamos emprego e devolveríamos terra ao estado. Estas coisas são minas de ouro”, garantiu.
Entre as boas iniciativas enfatizadas no evento, o retrofit, ou modernização de construções antigas, que em Melbourne, Áustrália, promete gerar 12 bilhões de dólares em economia energética e 8 mil empregos e o programa de geração de energia a partir do lixo em São Paulo, que nas contas do prefeito Gilberto Kassab faz uso de todas as 16 mil toneladas de rejeito produzidos diariamente na cidade.
Ao fim do dia, Kassab e a vice-prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ampliaram a cooperação entre as cidades, em acordo para as áreas de desenvolvimento urbano, cultura, tratamento de resíduos e saneamento.
Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/25079-cidades-de-todo-mundo-discutem-clima
quarta-feira, 1 de junho de 2011
25 Contribuições Individuais para a Sustentabilidade
Faça a sua parte! Preserve o nosso planeta!!
1. Seu voto é um poderoso instrumento de mudança. Escolha os governantes por seu histórico. Devemos eleger pessoas honestas e competentes, que defendam nossos direitos constitucionais e promovam ações em prol da manutenção e melhoria da qualidade ambiental e, em consequência, da melhoria da qualidade de vida.
2. Expresse sua insatisfação sempre que os seus direitos de um ambiente ecologicamente equilibrado forem desrespeitados; acione os órgãos ambientais locais e federais. Tenha sempre, à disposição, os telefones dessas instituições. Telefone, envie mensagens eletrônicas, cartas ou qualquer outro meio de comunicação. Manifeste seu descontentamento.
3. Conheça a legislação ambiental distrital e federal. Ela é um poderoso instrumento de ação, indispensável para exercemos nossos direitos.
A legislação ambiental brasileira favorece, em primeiro lugar, as reivindicações vindas de associações. Forme e participe de associações comunitárias, que representam a forma mais eficaz de atuação democrática.
4. As árvores de sua rua e de sua cidade são um patrimônio público. Elas tornam o microclima mais ameno, reduzem a poluição atmosférica e sonora, além de embelezar e alegrar o ambiente. Para cortá-las, necessita-se de uma autorização especial. Exija a apresentação dessa autorização, se alguém a estiver cortando. Caso não haja, comunique o fato, imediatamente, aos órgãos ambientais e, em última instância, aos bombeiros e/ou à polícia.
Informe-se sobre as espécies de árvores mais adequadas a serem plantadas, em ambiente urbano. Algumas possuem raízes que arrebentam tubulações e pavimentações, outras liberam excesso de grãos de pólen (alergias).
Ainda persiste o hábito errado de pintar, de branco, o tronco das árvores, como um tipo de “ornamentação”. Além de ser esteticamente discutível, a pintura impermeabiliza o tronco e prejudica sua transpiração. Não permita que isso aconteça.
Em sua associação, estimule as práticas de plantio em seu bairro. Cadastre as árvores plantadas (uma pequena plaqueta de alumínio, com o nome da árvore, quando foi plantada e quem a plantou).
5. Depois do tráfico de drogas, o tráfico de animais silvestres movimenta somas impensáveis de dólares, em todo o mundo. A maior parte dos animais traficados, morre. Desestimule essa prática criminosa, prevista no art. 29 da Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98 e Decreto 3.179/99). Não compre animais silvestres, peles ou quaisquer produtos extraídos de animais silvestres.
Quando, em viagem, encontrar pessoas vendendo animais silvestres (micos, tatus, pacas, papagaios e outros), pare e converse com as pessoas. Estimule-as a procurar outro tipo de sobrevivência.
A caça esportiva não deixa de ser uma prática primitiva, cruel e desigual. Esse massacre, disfarçado em “esporte”, não deve ser aceito. O animal caçado não tem chances.
6. Precicle, sempre que for possível. Preciclar é dar preferências a produtos que exibam cuidados com o ambiente (como: sprays que não contenham CFCs, gases que agridem a camada de ozônio que nos protege dos raios solares causadores de câncer de pele, devem ser evitados). Ao deixar nas prateleiras aqueles produtos de empresas que ainda não têm responsabilidades socioambiental, estaremos estimulando as empresas responsáveis e punindo as desatualizadas. Geladeiras e aparelhos de ar-condicionado velhos despendem CFCs para a atmosfera. Substitua-os o mais breve possível.
7. O lixo representa um dos maiores problemas ambientais urbanos. A despeito dos avanços em reciclagem e reutilização, a estratégia mais recomendada é a redução da produção de resíduos. Reduza a produção de lixo. Dê preferência a produtos que não tragam embalagens não recicláveis.
Apoie iniciativas de preciclagem, reciclagem e redução de uso dos recursos naturais. Cada item reciclado significa menos consumo de água, energia elétrica, desflorestamentos e matéria-prima, de uma forma geral.
8. As fraldas descartáveis poluem o ambiente por, no mínimo, 500 anos. Dê preferência às fraldas de pano.
Na cozinha, em vez de toalhas de papel (não recicláveis), utilize panos. Esses, uma vez lavados, estão prontos para a reutilização.
9. Utilize o fogão racionalmente: fogo brando e panelas-de-pressão ajudam a economizar gás. Utilize o forno, com moderação. Aproveite seu calor para assar/aquecer coisas diferentes.
10. A água potável é um produto em escassez no mundo. Economizar esse recurso é um dever de todos. Ao escovar os dentes, tomar banho, lavar louça, fazer a barba, mantenha a torneira fechada enquanto não usa o fluxo de água.
11. Evite comprar produtos em embalagens de isopor. O polietileno permanece poluindo o ambiente por mais de 500 anos.
12. Economize energia elétrica. Ao fazer isso, a demanda por energia elétrica será contida e não precisaremos construir mais hidrelétricas (causam sérios danos ambientais). Utilize os eletrodomésticos racionalmente. O chuveiro e o ferro de passar são os maiores vilões. Instale lâmpadas fluorescentes compactas, mais modernas, que iluminam da mesma forma e gastam até 80% menos.
Mantenha os rádios, cd-players e televisores desligados, se não houver ninguém os utilizando. Ao sair de um ambiente, desligue as luzes.
13. Ao efetuar suas compras, reduza-as ao mínimo necessário. Todos os produtos que você adquire geram impactos sobre o meio ambiente.
14. Passamos boa parte de nossas vidas no trabalho. Há necessidade de revermos alguns hábitos: prefira copos de vidro, em vez de copos descartáveis. Caso ainda use copos descartáveis, adote um copo para o dia todo; utilize o versos dos papéis usados; dê preferência à lapiseira, em vez de lápis; ao fazer cópias (tipo xerox ou outra), utilize os dois lados do papel; ao microcomputador, só dê a ordem de imprimir quando tiver certeza de que o texto está como você quer; faça sugestões para reduzir o impacto ambiental gerado em seu setor. Contribua para que a coleta seletiva seja um sucesso.
15. Sobras de tintas de papel não podem ser levadas ao lixo. Doe-as para serem utilizadas até o fim.
16. Baterias de celulares e pilhas não podem ser dispostas no lixo. Possuem metais pesados perigosos, como o chumbo e o cádmio que poluem as águas subterrâneas (cancerígenos). Esses produtos devem receber uma destinação especial. Há leis que obrigam os fabricantes a recolhê-las. Muitas empresas já dispõem de recipientes para receber baterias descartadas.
17. O fumo é a maior fonte de poluição dos ambientes internos de trabalho. Não fume e nem permita que seus colegas fumem no ambiente de trabalho. Aos viciados, as áreas externas são as mais indicadas. Na verdade, o mais indicado seria parar de fumar.
18. Exija que a escola de seus filhos trate a questão ambiental. Participe das atividades escolares comunitárias. Incentive os jovens a seguir as novas carreiras criadas na área ambiental.
19. Informe-se sobre o Plano Diretor de sua cidade. Participe das audiências públicas que definem a viabilidade ambiental de obras urbanas.
20. Os transportes consomem 20% da energia gasta pelo ser humano. Os carros representam a última solução de locomoção. O transporte individual, oneroso e prejudicial ao ambiente, por interesses de grupos, tomou o lugar do transporte coletivo. Enquanto esse quadro não muda, podemos adotar alguns cuidados para reduzirmos o impacto negativo de seu uso: racionalize o uso do carro. A carona solidária é um bom começo; adquira o hábito de calibrar os pneus de seu carro, no mínimo, uma vez por mês. Pneus descalibrados são a maior fonte de desperdício de combustível.
Sempre que possível, substitua o uso do carro para ir a lugares mais próximos, por uma caminhada. Não tem sentido deslocar uma tonelada de ferro para trazer 100 gramas de pão!
Leia atentamente as instruções do fabricante de seu carro. Os manuais atuais trazem muitas recomendações a respeito de formas menos impactantes de se utilizar um veículo:
- Evite arrancadas bruscas. Elas denotam nervosismo, arrogância e exacerbação da competitividade. Causam desgaste prematuro de diversos componentes mecânicos, além de contribuir para a poluição atmosférica e sonora, e somar-se a fatores que tornam o ecossistema urbano estressante.
- Ao substituir os pneus, não os deixe expostos. Entregue-os para reciclagem (são transformados em óleo combustível).
Em nenhuma hipótese permita a incineração de pneus ou plásticos. A queima desses produtos libera gases tóxicos para o ar atmosférico (ácido clorídrico), muitos deles cancerígenos (dioxinas). Essa incineração constitui-se em crime ambiental, previsto em lei.
- Pneus ao ar livre terminam acumulando água, abrigando focos de insetos transmissores de diversas doenças (dengue, por exemplo). Ao guardar pneus, faça-o a fim de deixá-los protegidos.
- Comprar pneus usados, importados, significa comprar resíduos de outros países. A forma que os países ricos encontraram para ficar livres dos pneus usados, cuja reciclagem é complicada, foi transferi-los para os outros. Gaste mais um pouco e compre um produto ambientalmente correto. A maioria dos pneus atuais já é reciclável e reaproveitada.
- As brecadas bruscas poluem o ar (fumaça e emissão de partículas de desgaste, tanto dos pneus e da pista, quanto das pastilhas e lonas de freio), assustam as pessoas e tornam o ambiente mais estressado. Evite-as
- As lonas e pastilhas de freio à base de asbestos (amianto), no atrito, produzem um pó cancerígeno (pulmão). Ao trocar esses componentes, leia atentamente as instruções e dê preferência a produtos que não incluam essas substâncias na sua constituição.
- Ao trocar o óleo do motor, faça-o somente em locais adequados (postos de serviços). Ali o óleo é reunido e levado para re-refino, transformado em óleo combustível industrial e graxas. Óleos usados, despejados em vias públicas ou esgotos, terminam poluindo os mananciais de água.
- Ao lavar seu carro, utilize apenas produtos biodegradáveis. Utilize baldes, em vez de mangueiras ou, então, mangueiras com controle de fluxo. Utilize a menor quantidade de água possível. O Brasil é um dos poucos países que ainda utiliza água tratada para lavar carros. Prefira lavar seu carro em lava-a-jatos. O custo termina sendo menor. Dê preferência aos que não usam produtos químicos não-biodegradáveis ou à base de petróleo. Certifique-se que a água utilizada vai para a rede de esgotos ou escorre para corpos d’água, sem tratamento. Caso afirmativo, troque de lava-a-jato e reclame.
- O sistema de exaustão de seu veículo (escapamento) não pode ter vazamentos. O Código Nacional de Trânsito prevê multas pesadas para a poluição sonora, bem como a Legislação Ambiental. Mantenha seu carro silencioso, em respeito ao próximo e à sua própria saúde. Afinal, o barulho é um dos maiores estressores do ambiente urbano.
Utilize a buzina apenas em caso de reconhecida necessidade (advertência, segurança). Chamar alguém, buzinando, é descortês, além de poluir o ambiente.
21. Programe um fim-de-semana diferente. Leve seus familiares para um passeio ao campo.
22. Participe das iniciativas em prol da construção de ciclovias em sua cidade.
23. Informe-se quanto às questões ambientais e divulgue novos conhecimentos; ao ler jornais e/ou revistas, atente para os artigos da questão ambiental.
24. Coopere, participe e envolva-se nas ações de proteção e melhoria da qualidade ambiental; dê seu apoio às iniciativas das associações comunitárias; exerça seus deveres e direitos de cidadania e principalmente…
25. Adote a não-violência. Trabalhe para a Paz e para a Solidariedade.
Informações extraídas do Livro “Antropoceno – Iniciação à Temática Ambiental”, de Genebaldo Freire Dias. Editora Gaia, 2002. Págs. 90 a 99
Fonte: http://diariodoverde.com/25-contribuicoes-individuais-para-a-sustentabilidade/
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