quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ESPECIALISTAS REVELAM EXPECTATIVAS SOBRE A COP15

Líderes empresariais e do terceiro setor e especialistas em sustentabilidade, descrevem possíveis cenários para o maior encontro sobre mudanças climáticas – a COP15 -, em Copenhague






Por Sucena Shkrada Resk - Edição: Mônica Nunes




A 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorre em Copenhague, entre os dias 7 e 18 deste mês, é o foco das atenções do mundo. Especialistas brasileiros, entre eles, conselheiros do Planeta Sustentável, que representam o setor empresarial, o terceiro setor, a área acadêmica e de consultorias em sustentabilidade, analisam os possíveis desfechos para a COP15. O encontro é considerado, hoje, o maior pólo de negociações mundial, que deverá reunir os 192 países-membros da ONU e terá, como uma das principais metas, a definição dos rumos do Protocolo Pós-Kyoto (a partir de 2012).

Com posições cautelosas, a maioria das avaliações sugere que a conferência não resultará em um acordo definitivo, pois ainda há muitos acertos a fazer quanto aos diferentes interesses entre as nações desenvolvidas e as em desenvolvimento. Entre as pautas principais e mais complexas, estão a definição de ações de mitigação (redução de danos) e de adaptação, assim como acordos de investimentos em tecnologias limpas e a introdução do REDD – Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação, no novo documento a ser elaborado, o que significa não concentrar os parâmetros de fontes emissoras nos combustíveis fósseis.

Em todas as análises, os cenários dependem essencialmente de posicionamentos efetivos dos EUA, da China, além de outros atores importantes como Índia e União Européia, além do Brasil.

Fábio Feldmann, consultor ambiental e secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, e Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente destacam a importância da mobilização da sociedade, durante o processo da COP15, como um ponto positivo.

Maria Zulmira de Souza, jornalista especializada em sustentabilidade e diretora do Programa EcoPrático, exibido pela TV Cultura; Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Ladislau Dowbor, economista e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC - SP), priorizam que o foco deve estar em ações quanto às mudanças de padrão de consumo.

Há quem ressalte que é imprescindível que o Brasil deve ter uma postura mais pró-ativa quanto à implementação das metas de redução de gases de efeito estufa (GEEs). Essa ideia é compartilhada por José Luciano Duarte Penido, presidente do Conselho de Administração da Fibria, Antonio Lombardi, gerente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Grupo Santander Brasil e integrante da Câmara Técnica de Clima e Energia (CT-Clima) do CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Soninha Francine, sub-prefeita da Lapa, em São Paulo.

O diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, ressalta que o fato de as empresas produzirem seus próprios inventários de emissões de GEEs, independentemente das decisões da COP-15, é um sinal muito positivo.

Já Linda Murasawa, superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Santander Brasil acredita que a COP15 resultará em acordos em menor espaço de tempo do que o Protocolo de Kyoto. E Xico Graziano, secretário municipal do Meio Ambiente de SP, acrescenta que a própria economia está mudando seus parâmetros por causa das Mudanças Climáticas, sem depender do ritmo dos resultados da COP-15.




Fonte: site Planeta Sustentável
Fonte da foto: site Observatório do Clima

Nenhum comentário:

Postar um comentário