sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os turistas passam e a diversão não fica

Procurado por cerca de 500 mil turistas por ano, a vida nos recifes

de Porto de Galinhas é sensível ao caminhar. Crédito: Márcio Cabral de Moura

Porto de Galinhas, o mais procurado balneário de Pernambuco, recebe cerca de 500 mil turistas por ano. A maior atração é a praia, com areia branca e fina, sem a presença de dunas. A água é cristalina e a temperatura morna. O passeio mais procurado a bordo de uma das dezenas de jangadas é o passeio nos recifes com piscinas naturais. Um guia pode apresentar a natureza marinha e alguns pontos com maior concentração de peixinhos coloridos. Os efeitos desse vai e vem de turistas sobre os recifes foi ponto de partida da pesquisa, na qual a bióloga Visnu da Cunha Sarmento chegou a conclusão de que essa prática mata grandes quantidades do grupo de pequenos crustáceos Copepoda Harpacticoida e, pior, reduz a diversidade local.

Esses pequenos crustáceos compõem a meiofauna, pequenos animais com tamanho muitas vezes inferior a 1 milímetro e visíveis apenas através de microscópios. Eles estão na base da cadeia alimentar de peixes e crustáceos maiores. Em condições naturais são abundantes e apresentam grande diversidade. Mas, de acordo com o trabalho de Visnu, não foi esse o quadro encontrado nos recifes de Porto de Galinhas.


Para a sua pesquisa, chamada Efeito do pisoteio sobre a meiofauna e Copepoda Harpacticoida de fital nos recifes de Porto de Galinhas (Ipojuca, PE), a bióloga sob a orientação do professor Paulo Jorge Parreira dos Santos,
do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi a campo no verão de 2009, logo depois do período de maior fluxo de turistas. Em seguida, realizaram um pisoteamento de três dias para avaliar o efeito de curto prazo e estudar o padrão de recuperação da fauna.










Pesquisadora da UFPE sugere ações de manejo, como a criação de caminhos

temporários, para manter a meiofauna dos recifes. Crédito: Ricardo Ferreira

Verificaram que as caminhadas dos visitantes afetam negativamente essa meiofauna. Há redução na quantidade total e na diversidade de Copepoda Harpacticoida quando comparada com a área de proteção ambiental – onde os turistas não têm acesso. “As consequências dessa redução na meiofauna em toda a cadeia alimentar são imprevisíveis”, adverte a pesquisadora. Parte do trabalho foi publicado na revista Scientia Marina.

Visnu reconhece a importância econômica do turismo e propõe ações de manejo com intenção de conciliar a visitação dos recifes da praia de Porto de Galinhas e a preservação do ecossistema – tão necessário para manter o destino uma atração turística. No inicio do mestrado, por algumas vezes, tentou fazer contato com a Prefeitura de Ipojuca, mas não teve sucesso. “Depois, com os compromissos e o trabalho desisti de procurar a prefeitura”, conta a bióloga. As medidas para preservar essa riqueza de Porto de Galinhas não são complicadas. Se tivesse conseguido falar com as autoridades, suas recomendações seriam as seguintes:


• Criação de áreas de proteção permanente com restrição total ao acesso das pessoas para garantir a preservação ambiental


• Devem ser estabelecidos novos caminhos com áreas de rodízio. Os caminhos ficariam temporariamente abertos ao turismo, para depois seguir um tempo para “descanso” e recuperação. Esta medida associa educação ambiental à visitação turística


Em paralelo, projetos de monitoramento verificariam a saúde do ecossistema local.













Principal atração turística de Porto de Galinhas são as

piscinas cheias de vida que os recifes, até então, oferecem. Crédito: Ricardo Ferreira


Fonte: http://www.oeco.com.br/reportagens-especiais/25214-os-turistas-passam-e-a-diversidade-nao-fica

quarta-feira, 13 de julho de 2011

No Pará, resíduos são transformados em utensílios


 Luminária Colméia - feita com base de cilindro de ar e sobras de solda Autora da peça: Marina Castro Foto: Lyna Oikawa

Um suporte de bolsas construído com encosto de cama; porta-fotos de garrafas; parte de uma boneca e sandálias transformadas em escultura de insetos e até um relógio feito com tampa e fragmentos de um teclado. Esses foram alguns dos resultados da oficina “Devoluções”, em que a natureza morta, os lixos, são matéria prima do trabalho artístico.

Esta é a terceira oficina do projeto “Reconstruções”, conduzida pelo designer Maécio Monteiro. Tudo começou durante um curso de Responsabilidade Socioambiental Corporativa na Universidade do Estado do Pará (UEPA), onde ele se formou.

As oficinas são esporádicas e gratuitas, com inscrições para 20 pessoas (normalmente estudantes e profissionais de arquitetura, design e artes). Na primeira, em setembro 2010, os participantes trouxeram objetos de casa; na segunda, realizada em outubro, o grupo foi a uma sucata na rodovia Augusto Montenegro e a último foi a “Devoluções”. Assim que coletam o material discutem consumo e lixo. No dia seguinte, as pessoas, que podem se dividir em pequenos grupos, pensam como será o trabalho e listam os materiais necessários. Então, começam a última parte do trabalho: a confecção dos materiais.

Em “Devoluções”, que começou dia 26/6 terminou em 1/7, houve coleta de objetos nos rios que passam por Belém, com a parceria do Marenteza, um grupo de canoístas. Eles fizeram o “Clean Up Day”, de limpeza do rio Ariri, para selecionar os resíduos.

“Clean Up Day” Foto de Maécio Monteiro

Fechando o ano, o grupo realizará a oficina “Multiplicadores”, mais extensa que as outras. Serão dois meses de trabalho (setembro/outubro) e conscientização. Todos os dias, em várias vivências, irão “pensar o conceito de design ecológico e como pode se aplicar em diferentes possibilidades”, diz Maécio.

Eles irão visitar diversos locais como uma empresa que trabalha de forma mais ecologicamente correta; um lixão, um instituto que trabalha com permacultura. “Ao final e durante essa oficina a gente vai passar a metodologia do ‘Reconstruções’, para que todas as pessoas envolvidas passem agregar à sua forma de trabalho também a idéia de construir com lixo”, explica o designer.

As obras da oficina “Devoluções” estão expostas para venda no Casarão Cultural Floresta Sonora, em Belém do Pará.

Fonte: http://www.oecocidades.com/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O mercado das mudanças do clima


Estudo lançado este mês pelas Nações Unidas, a Oxfam e o World Resources Institute aborda as mudanças climáticas de uma forma diferente: com viés empresarial e mercantil. Intitulado “Adaptação para uma economia verde: empresas, comunidades e mudanças do clima”, o texto tem como objetivo principal servir de fonte para as empresas com mercados nacionais, regionais e globais que tenham interesse em aumentar seu foco estratégico em matéria de adaptação nos países em desenvolvimento – onde possuem operações, empregados, clientes atuais e potenciais. A maioria das companhias entrevistadas para o relatório percebem as mudanças do clima como um mercado: 86% dizem que responder aos riscos climáticos ou investir em adaptação é uma oportunidade de negócio para a sua empresa.

Fonte: Relatório Adaptação para uma economia verde: empresas, comunidades e mudanças do clima



No documento fica clara a orientação às companhias para que dediquem parte de seus negócios à questão do clima, para que garantam um mercado futuro. Num trecho do resumo executivo, afirma-se que os desafios que as comunidades dos países em desenvolvimento enfrentam com alterações cimáticas são também desafios para as empresas, já que estas últimas dependem das comunidades como fornecedores, clientes e funcionários.

Quando o estudo aborda o caminho para se chegar a uma economia verde, segue uma visão empresarial, na qual aparece a sugestão de uma parceria entre público-privado a fim de facilitar e orientar os negócios das companhias nesse novo nicho de mercado. Os resultados seriam a redução dos gases estufa e a prevenção da perda da biodiversidade e do ecossistema (vistos como “benefícios da natureza para as pessoas”).

Sua abordagem é, assim, bastante diferente de outros estudos, que sempre trazem o problema humano como central. Neste caso, é o problema econômico que está em jogo, da possível perda de mercados, clientes, fornecedores de matérias-primas e mão-de-obra que as grandes empresas podem sofrer se não investirem para o aumento do potencial de adaptação às alterações climáticas nos países menos desenvolvidos.

Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/25140-o-mercado-das-mudancas-do-clima-

quarta-feira, 22 de junho de 2011

15 dicas para um consumo mais sustentável











Você já parou para pensar sobre os impactos ambientais que o seu padrão de consumo causa? As compras que fazemos – seja na feira, no supermercado ou no shopping center –, a maneira como produzimos nosso lixo, como usamos nossos eletrodomésticos, como consumimos água e energia ou até mesmo carne e produtos de madeira deixa marcas degradantes no meio ambiente. Atualmente, consumimos 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Por isso, uma mudança de atitude é mais do que necessária e é bem mais simples do que você pode imaginar. Confira abaixo algumas dicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para poupar o meio ambiente com pequenas alterações em nossos hábitos.

  1. Questione e avalie os seus hábitos de consumo antes de decidir pela compra de qualquer produto e procure consumir apenas o necessário.
  2. Informe-se sobre a origem e o destino de tudo que você consome. Optar por produtos feitos com métodos sustentáveis ajuda a cadeia produtiva a ser mais responsável e minimiza os impactos no meio ambiente.
  3. Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta e escolha aquele que consome menos energia.
  4. Evite luzes ou equipamentos ligados quando não for necessário. Os aparelho em stand-by continuam consumindo energia.
  5. Cobre das empresas de eletroeletrônicos uma política de coleta, reciclagem e fabricação de produtos com baixo consumo de energia.
  6. Reduza o tempo do banho. Você poupa água e ajuda a diminuir o consumo de energia. E não deixe de revisar suas torneiras! Uma torneira pingando a cada 5 segundos representa, em um dia, 20 litros de água desperdiçada.
  7. Solicite produtos orgânicos com certificação de origem de qualidade de gestão ambiental aos supermercados e fornecedores de materiais de limpeza.
  8. Substitua a lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas. Elas geram a mesma luminosidade, duram mais e poupam 80% de energia.
  9. Ligue a máquina de lavar roupa apenas com a carga cheia. Você poupa água, energia, sabão e tempo.
  10. Utilize sacolas de pano ou caixas de papelão em vez de recorrer às sacolinhas plásticas.
  11. Ao comprar móveis, prefira madeira certificada. Assim você evita o desmatamento da Amazônia.
  12. Sempre que possível, reutilize produtos e embalagens.
Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar. E, mesmo que não seja feita a coleta seletiva em seu bairro, separe o lixo reutilizável do orgânico e encaminhe para a reciclagem. Reciclar é uma maneira de contribuir para a economia dos recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.
  13. Diminua o uso de produtos de higiene e limpeza. Assim você reduz o nível de poluentes presentes na água e no tratamento do esgoto.
  14. Incentive a carona solidária e organize caronas com familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
  15. Faça as contas: ir a pé, usar bicicleta, transporte coletivo ou táxi é mais barato e polui menos do que comprar um automóvel. Mas, se a compra de um carro for inevitável, consulte a Nota Verde do Proconve no site www.ibama.gov.br e a etiqueta de eficiência energética para escolher o modelo menos poluente. E não esqueça de manter em dia a manutenção do seu veículo. Faça inspeção veicular, não retire o catalisador, devolva a bateria e os pneus usados ao revendedor na hora da troca. Os pontos de venda são obrigados a aceitar e reciclar esses produtos.
Fonte: http://www.oecocidades.com/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

No Fashion Rio, bons exemplos da incipiente moda verde.


Sola de sapato biodegradável da Amazonas que se decompõe em 5 anos, foto: Fabíola Ortiz

No último Fashion Rio, entre 169 grifes, apenas duas abraçaram o conceito de moda verde que inclui linhas de produtos recicláveis, reutilizados e até biodegradáveis.

Uma delas é a grife mineira Raiz da Terra Green Co. que, desde 2003, aposta na produção de roupas e calçados com ênfase em reduzir o impacto ambiental. “A moda verde é a uma marca economicamente viável, socialmente responsável e ecologicamente correta”, explica a O ECO Cassius Pereira, diretor da marca, ao destacar que a preocupação ambiental perpassa por todo o processo produtivo.

Na hora de escolher os fornecedores, a empresa é criteriosa. Só usa tecidos 100% naturais, entre orgânicos ou reciclados. O tecido orgânico é aquele cuja matéria-prima foi cultivada sem agrotóxicos ou inseticidas, como, por exemplo, algodão, linho, cânhamo e bambu. Também são usados algodão reciclado ou poliéster de PET, tanto na linha de calçados como para shorts e saias. O couro é vegetal, feito de látex fornecido do interior de São Paulo ou de cooperativas extrativistas na floresta amazônica.

As práticas administrativas e de manufatura fazem parte da mudança, o que implica o uso de papel reciclado, redução do consumo de água, luzes de Led, reutilização de resíduos de tintura e uso ou revenda de retalhos de tecidos para cooperativas que confeccionam tapetes.

Um dos maiores vilões do processo de confecção é a etapa do tingimento, pois feito em larga escala consome grande quantidade de água potável e gera efluentes poluidores. O desafio da Raiz da Terra Green era racionar o uso de água e evitar o seu descarte sem tratamento. A saída foi investir numa tintura feita com matéria-prima natural a partir de cores extraídas de elementos minerais, raízes e folhas. Não funciona para tudo: “Existem ainda certas cores que não conseguimos obter com pigmentação natural, em geral as mais escuras, o preto principalmente, mas também o marrom e o grafite”, conta Pereira. Outra medida foi “reutilizar indefinidamente” a tinta, isto é, fazer um ciclo fechado de tingimento, reciclando a água e os pigmentos utilizados.

Quase todos os produtos são biodegradáveis, a não ser o poliéster de PET que é uma fibra sintética usada na produção de solas de sapato.


Tecido piquet em poliester reciclado de garrafas PET da Raiz da Terra Green, foto: divulgação

Falta preço e fornecedor

Na avaliação da pesquisadora e professora de design sustentável do SENAI, Vânia Polly, “A moda verde já foi uma tendência, agora é uma emergência. O desafio para o mundo da moda é combinar a sustentabilidade. A moda trabalha com descarte, com o ciclo de vida do produto e, por isso, tem que trabalhar o reuso e o reciclável”. O maior entrave ainda é encontrar fornecedores dos produtos certos, por exemplo, corantes biodegradáveis e tecidos orgânicos. Igualmente não ajuda o preço das peças verdes ser mais alto do que as convencionais.

Para os pés, moda biodegradável

A segunda marca a apresentar produtos sustentáveis no Fashion Rio foi a Amazonas, do interior de São Paulo, que trabalha com chinelos de borracha recicláveis. As rebarbas que sobram da fabricação e os calçados gastos são reciclados e viram piso de borracha ou xaxim ecológico.

A sola biodegradável no sapato é outra aposta pioneira da Amazonas. Ela se decompõe em 5 anos, enquanto uma sola comum leva 500 anos para se degradar. “O solado e a cola são biodegradáveis, à base de água”, explica Leandro Araújo, representante de marketing da empresa. O preço final do calçado fica cerca de 20% mais caro usando esses materiais e, segundo Leandro, o maior obstáculo é o receio do consumidor de que o produto se desmanche. Segundo ele, isso é descabido: “Fazemos testes em laboratório e o sapato cumpre as exigências habituais e tem a mesma duração de um calçado comum”.


Sandálias de borracha reciclável da Amazonas, foto: Fabíola Ortiz

Fonte: http://www.oecocidades.com/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Cidades de todo mundo discutem clima



Prefeitos reunidos em São Paulo: discussão girou em torno de como adotar práticas concretas para reduzir emissões de gases de efeito estufa (foto: Juliana Tinoco)

São Paulo - Foi sob o mote de que nações falam, cidades agem, que prefeitos da C40, rede de metrópoles unidas para pensar soluções para o clima, deram o tom do encontro do bianual do grupo, que pela primeira vez acontece na América Latina, entre os dias 31 de maio e 2 de junho, em São Paulo. O evento serve para firmar parcerias, trocar boas práticas e discutir problemas relacionados às mudanças climáticas e as cidades.

No primeiro dia de plenárias da rede - que desde 2005 agrega 40 grandes cidades, responsáveis por 12% das emissões de gases estufa e 21% do PIB mundial - o destaque ficou por conta de um acordo firmado com o Banco Mundial. Não se falou em valores imediatos, mas Robert Zoellick, presidente do banco, garantiu que o fundo verde para as cidades pode chegar a 50 bilhões de dólares.

Entre os objetivos do banco com a parceria estão desenvolver métodos para medir emissões de gases estufa nas cidades e avaliar as práticas que funcionam. “Como vou arrecadar fundos se não sei o que anda sendo feito?”, questionou Zoellick, que enfatizou também a necessidade de pensar a adaptação dos grandes conglomerados urbanos às mudanças do clima. “É preciso dar suporte para que os prefeitos melhorem os serviços básicos e reduzam a vulnerabilidade de suas cidades”, enfatizou.

Quem também atraiu holofotes foi o ex-presidente americano Bill Clinton, que falou em nome da The Clinton Foundation, parceira da C40. Elogiou o biocombustível brasileiro como sendo o mais eficiente do mundo, afirmou que o país precisa rever a política de criação de gado na Amazônia e chamou lixo de riqueza: “Se fecharmos aterros sanitários, recliclarmos e devolvermos este carbono ao solo resolveríamos problemas de saúde pública, geraríamos emprego e devolveríamos terra ao estado. Estas coisas são minas de ouro”, garantiu.

Entre as boas iniciativas enfatizadas no evento, o retrofit, ou modernização de construções antigas, que em Melbourne, Áustrália, promete gerar 12 bilhões de dólares em economia energética e 8 mil empregos e o programa de geração de energia a partir do lixo em São Paulo, que nas contas do prefeito Gilberto Kassab faz uso de todas as 16 mil toneladas de rejeito produzidos diariamente na cidade.

Ao fim do dia, Kassab e a vice-prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ampliaram a cooperação entre as cidades, em acordo para as áreas de desenvolvimento urbano, cultura, tratamento de resíduos e saneamento.

Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/25079-cidades-de-todo-mundo-discutem-clima

quarta-feira, 1 de junho de 2011

25 Contribuições Individuais para a Sustentabilidade


Faça a sua parte! Preserve o nosso planeta!!


1. Seu voto é um poderoso instrumento de mudança. Escolha os governantes por seu histórico. Devemos eleger pessoas honestas e competentes, que defendam nossos direitos constitucionais e promovam ações em prol da manutenção e melhoria da qualidade ambiental e, em consequência, da melhoria da qualidade de vida.

2. Expresse sua insatisfação sempre que os seus direitos de um ambiente ecologicamente equilibrado forem desrespeitados; acione os órgãos ambientais locais e federais. Tenha sempre, à disposição, os telefones dessas instituições. Telefone, envie mensagens eletrônicas, cartas ou qualquer outro meio de comunicação. Manifeste seu descontentamento.

3. Conheça a legislação ambiental distrital e federal. Ela é um poderoso instrumento de ação, indispensável para exercemos nossos direitos.

A legislação ambiental brasileira favorece, em primeiro lugar, as reivindicações vindas de associações. Forme e participe de associações comunitárias, que representam a forma mais eficaz de atuação democrática.

4. As árvores de sua rua e de sua cidade são um patrimônio público. Elas tornam o microclima mais ameno, reduzem a poluição atmosférica e sonora, além de embelezar e alegrar o ambiente. Para cortá-las, necessita-se de uma autorização especial. Exija a apresentação dessa autorização, se alguém a estiver cortando. Caso não haja, comunique o fato, imediatamente, aos órgãos ambientais e, em última instância, aos bombeiros e/ou à polícia.

Informe-se sobre as espécies de árvores mais adequadas a serem plantadas, em ambiente urbano. Algumas possuem raízes que arrebentam tubulações e pavimentações, outras liberam excesso de grãos de pólen (alergias).

Ainda persiste o hábito errado de pintar, de branco, o tronco das árvores, como um tipo de “ornamentação”. Além de ser esteticamente discutível, a pintura impermeabiliza o tronco e prejudica sua transpiração. Não permita que isso aconteça.

Em sua associação, estimule as práticas de plantio em seu bairro. Cadastre as árvores plantadas (uma pequena plaqueta de alumínio, com o nome da árvore, quando foi plantada e quem a plantou).

5. Depois do tráfico de drogas, o tráfico de animais silvestres movimenta somas impensáveis de dólares, em todo o mundo. A maior parte dos animais traficados, morre. Desestimule essa prática criminosa, prevista no art. 29 da Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98 e Decreto 3.179/99). Não compre animais silvestres, peles ou quaisquer produtos extraídos de animais silvestres.

Quando, em viagem, encontrar pessoas vendendo animais silvestres (micos, tatus, pacas, papagaios e outros), pare e converse com as pessoas. Estimule-as a procurar outro tipo de sobrevivência.

A caça esportiva não deixa de ser uma prática primitiva, cruel e desigual. Esse massacre, disfarçado em “esporte”, não deve ser aceito. O animal caçado não tem chances.

6. Precicle, sempre que for possível. Preciclar é dar preferências a produtos que exibam cuidados com o ambiente (como: sprays que não contenham CFCs, gases que agridem a camada de ozônio que nos protege dos raios solares causadores de câncer de pele, devem ser evitados). Ao deixar nas prateleiras aqueles produtos de empresas que ainda não têm responsabilidades socioambiental, estaremos estimulando as empresas responsáveis e punindo as desatualizadas. Geladeiras e aparelhos de ar-condicionado velhos despendem CFCs para a atmosfera. Substitua-os o mais breve possível.

7. O lixo representa um dos maiores problemas ambientais urbanos. A despeito dos avanços em reciclagem e reutilização, a estratégia mais recomendada é a redução da produção de resíduos. Reduza a produção de lixo. Dê preferência a produtos que não tragam embalagens não recicláveis.

Apoie iniciativas de preciclagem, reciclagem e redução de uso dos recursos naturais. Cada item reciclado significa menos consumo de água, energia elétrica, desflorestamentos e matéria-prima, de uma forma geral.

8. As fraldas descartáveis poluem o ambiente por, no mínimo, 500 anos. Dê preferência às fraldas de pano.

Na cozinha, em vez de toalhas de papel (não recicláveis), utilize panos. Esses, uma vez lavados, estão prontos para a reutilização.

9. Utilize o fogão racionalmente: fogo brando e panelas-de-pressão ajudam a economizar gás. Utilize o forno, com moderação. Aproveite seu calor para assar/aquecer coisas diferentes.

10. A água potável é um produto em escassez no mundo. Economizar esse recurso é um dever de todos. Ao escovar os dentes, tomar banho, lavar louça, fazer a barba, mantenha a torneira fechada enquanto não usa o fluxo de água.

11. Evite comprar produtos em embalagens de isopor. O polietileno permanece poluindo o ambiente por mais de 500 anos.

12. Economize energia elétrica. Ao fazer isso, a demanda por energia elétrica será contida e não precisaremos construir mais hidrelétricas (causam sérios danos ambientais). Utilize os eletrodomésticos racionalmente. O chuveiro e o ferro de passar são os maiores vilões. Instale lâmpadas fluorescentes compactas, mais modernas, que iluminam da mesma forma e gastam até 80% menos.

Mantenha os rádios, cd-players e televisores desligados, se não houver ninguém os utilizando. Ao sair de um ambiente, desligue as luzes.

13. Ao efetuar suas compras, reduza-as ao mínimo necessário. Todos os produtos que você adquire geram impactos sobre o meio ambiente.

14. Passamos boa parte de nossas vidas no trabalho. Há necessidade de revermos alguns hábitos: prefira copos de vidro, em vez de copos descartáveis. Caso ainda use copos descartáveis, adote um copo para o dia todo; utilize o versos dos papéis usados; dê preferência à lapiseira, em vez de lápis; ao fazer cópias (tipo xerox ou outra), utilize os dois lados do papel; ao microcomputador, só dê a ordem de imprimir quando tiver certeza de que o texto está como você quer; faça sugestões para reduzir o impacto ambiental gerado em seu setor. Contribua para que a coleta seletiva seja um sucesso.

15. Sobras de tintas de papel não podem ser levadas ao lixo. Doe-as para serem utilizadas até o fim.

16. Baterias de celulares e pilhas não podem ser dispostas no lixo. Possuem metais pesados perigosos, como o chumbo e o cádmio que poluem as águas subterrâneas (cancerígenos). Esses produtos devem receber uma destinação especial. Há leis que obrigam os fabricantes a recolhê-las. Muitas empresas já dispõem de recipientes para receber baterias descartadas.

17. O fumo é a maior fonte de poluição dos ambientes internos de trabalho. Não fume e nem permita que seus colegas fumem no ambiente de trabalho. Aos viciados, as áreas externas são as mais indicadas. Na verdade, o mais indicado seria parar de fumar.

18. Exija que a escola de seus filhos trate a questão ambiental. Participe das atividades escolares comunitárias. Incentive os jovens a seguir as novas carreiras criadas na área ambiental.

19. Informe-se sobre o Plano Diretor de sua cidade. Participe das audiências públicas que definem a viabilidade ambiental de obras urbanas.

20. Os transportes consomem 20% da energia gasta pelo ser humano. Os carros representam a última solução de locomoção. O transporte individual, oneroso e prejudicial ao ambiente, por interesses de grupos, tomou o lugar do transporte coletivo. Enquanto esse quadro não muda, podemos adotar alguns cuidados para reduzirmos o impacto negativo de seu uso: racionalize o uso do carro. A carona solidária é um bom começo; adquira o hábito de calibrar os pneus de seu carro, no mínimo, uma vez por mês. Pneus descalibrados são a maior fonte de desperdício de combustível.

Sempre que possível, substitua o uso do carro para ir a lugares mais próximos, por uma caminhada. Não tem sentido deslocar uma tonelada de ferro para trazer 100 gramas de pão!

Leia atentamente as instruções do fabricante de seu carro. Os manuais atuais trazem muitas recomendações a respeito de formas menos impactantes de se utilizar um veículo:

- Evite arrancadas bruscas. Elas denotam nervosismo, arrogância e exacerbação da competitividade. Causam desgaste prematuro de diversos componentes mecânicos, além de contribuir para a poluição atmosférica e sonora, e somar-se a fatores que tornam o ecossistema urbano estressante.
- Ao substituir os pneus, não os deixe expostos. Entregue-os para reciclagem (são transformados em óleo combustível).

Em nenhuma hipótese permita a incineração de pneus ou plásticos. A queima desses produtos libera gases tóxicos para o ar atmosférico (ácido clorídrico), muitos deles cancerígenos (dioxinas). Essa incineração constitui-se em crime ambiental, previsto em lei.

- Pneus ao ar livre terminam acumulando água, abrigando focos de insetos transmissores de diversas doenças (dengue, por exemplo). Ao guardar pneus, faça-o a fim de deixá-los protegidos.

- Comprar pneus usados, importados, significa comprar resíduos de outros países. A forma que os países ricos encontraram para ficar livres dos pneus usados, cuja reciclagem é complicada, foi transferi-los para os outros. Gaste mais um pouco e compre um produto ambientalmente correto. A maioria dos pneus atuais já é reciclável e reaproveitada.

- As brecadas bruscas poluem o ar (fumaça e emissão de partículas de desgaste, tanto dos pneus e da pista, quanto das pastilhas e lonas de freio), assustam as pessoas e tornam o ambiente mais estressado. Evite-as

- As lonas e pastilhas de freio à base de asbestos (amianto), no atrito, produzem um pó cancerígeno (pulmão). Ao trocar esses componentes, leia atentamente as instruções e dê preferência a produtos que não incluam essas substâncias na sua constituição.

- Ao trocar o óleo do motor, faça-o somente em locais adequados (postos de serviços). Ali o óleo é reunido e levado para re-refino, transformado em óleo combustível industrial e graxas. Óleos usados, despejados em vias públicas ou esgotos, terminam poluindo os mananciais de água.

- Ao lavar seu carro, utilize apenas produtos biodegradáveis. Utilize baldes, em vez de mangueiras ou, então, mangueiras com controle de fluxo. Utilize a menor quantidade de água possível. O Brasil é um dos poucos países que ainda utiliza água tratada para lavar carros. Prefira lavar seu carro em lava-a-jatos. O custo termina sendo menor. Dê preferência aos que não usam produtos químicos não-biodegradáveis ou à base de petróleo. Certifique-se que a água utilizada vai para a rede de esgotos ou escorre para corpos d’água, sem tratamento. Caso afirmativo, troque de lava-a-jato e reclame.

- O sistema de exaustão de seu veículo (escapamento) não pode ter vazamentos. O Código Nacional de Trânsito prevê multas pesadas para a poluição sonora, bem como a Legislação Ambiental. Mantenha seu carro silencioso, em respeito ao próximo e à sua própria saúde. Afinal, o barulho é um dos maiores estressores do ambiente urbano.

Utilize a buzina apenas em caso de reconhecida necessidade (advertência, segurança). Chamar alguém, buzinando, é descortês, além de poluir o ambiente.

21. Programe um fim-de-semana diferente. Leve seus familiares para um passeio ao campo.

22. Participe das iniciativas em prol da construção de ciclovias em sua cidade.

23. Informe-se quanto às questões ambientais e divulgue novos conhecimentos; ao ler jornais e/ou revistas, atente para os artigos da questão ambiental.

24. Coopere, participe e envolva-se nas ações de proteção e melhoria da qualidade ambiental; dê seu apoio às iniciativas das associações comunitárias; exerça seus deveres e direitos de cidadania e principalmente…

25. Adote a não-violência. Trabalhe para a Paz e para a Solidariedade.

Informações extraídas do Livro “Antropoceno – Iniciação à Temática Ambiental”, de Genebaldo Freire Dias. Editora Gaia, 2002. Págs. 90 a 99

Fonte: http://diariodoverde.com/25-contribuicoes-individuais-para-a-sustentabilidade/

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Para IPCC, renováveis são saída para aquecimento global


Energia eólica no Rio Grande do Sul tem capacidade de abastecer, anualmente, o consumo residencial de cerca de 750 mil pessoas. Crédito: Inês Arigoni

Com as tecnologias disponíveis atualmente, é possível que apenas 2,5% das fontes viáveis de energias renováveis consigam suprir cerca de 80% da demanda mundial de energia até 2050. Essa é uma das informações contidas no novo relatório lançado, nesta segunda-feira (09/05), pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

O relatório especial sobre energias renováveis, cujo título original é "The Special Report on Renewable Energy Sources (SREEN)", destaca o potencial das fontes alternativas e seu papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. O IPCC prevê que se toda a gama de tecnologias renováveis fossem utilizadas, o mundo poderia manter as suas concentrações de gases-estufa abaixo de 450 partes por milhão (ppm). Este é limite previsto pelos cientistas como seguro, além do qual as mudanças do clima se tornam catastróficas e irreversíveis.

O diretor de Energias Renováveis do Greenpeace Internacional e um dos autores do relatório do IPCC, Sven Teske, afirma que "o estudo revela evidências científicas irrefutáveis ​​de que as energias renováveis ​​são capazes de atender à crescente demanda dos países em desenvolvimento, onde mais de dois bilhões de indivíduos não tem acesso a serviços básicos de energia. É possível atingir esse objetivo com uma taxa mais competitiva e de forma mais rápida do que com as fontes convencionais. Os governos têm que iniciar a revolução, através da implementação de legislação sobre energias renováveis ​​em todo o mundo".

Dados do SREEN já apontam para uma crescente participação das renováveis na capacidade de energia instalada nos últimos anos. Entre 2008 e 2009, dos 300 gigawatts (GW) de novas fontes de geração de energia disponíveis no mundo, 140 GW provinham de fontes renováveis, como a eólica e solar.

Segundo Rajendra Pachauri, presidente do IPCC, investir em energias renováveis​​, na quantidade necessária, custaria cerca de 1% do PIB mundial por ano. Embora seja um valor relativamente baixo, os autores do estudo reconhecem que as tecnologias empregadas nas renováveis ainda são mais caras do que as baseadas em combustíveis fósseis. Além disso, declaram que será preciso aumentar em até 20 vezes a produção de energia renovável para evitar níveis perigosos de gases de efeito estufa. Mesmo com esse panorama eles estão otimistas sobre o futuro e preveem que o papel dessa energia limpa será muito mais importante do que a captura de carbono até 2050.

Links externos
IPCC/SRREN

Fonte:Flávia Moraes, http://www.oeco.com.br/noticias/25014-para-ipcc-renovaveis-sao-saida-para-aquecimento-global

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Encontre o posto de coleta seletiva mais próximo de você



Deixe de lado o pensamento “juntar algumas latinhas e poucos plásticos não vai fazer diferença alguma”. Vai sim.

A coleta seletiva de lixo residencial é de importância indispensável para a vida do planeta. Pequenos itens tratados de forma adequada vão renovar a vida do meio ambiente além de gerar renda para cooperativas que transformam o lixo recolhido em matéria reciclável.

Faça a sua parte e conheça os postos de coleta cadastrados no eCycle (http://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php) e descubra aquele que está mais próximo da sua casa ou do trabalho.

Para inicializar a busca, é necessário informar que tipo de material você deseja descartar - vidro, papel, metal, plástico, pilhas e bateria, lâmpadas, óleo, entre outros – além de digitar o CEP em questão.

Feito isso, o site vai disponibilizar um mapa com todos os locais disponíveis na região que você indicou com endereço, contato e o melhor trajeto para chegar até lá.

Fonte: http://pensandoverde.blogtv.uol.com.br/2011/05/04/encontre-o-posto-de-coleta-seletiva-mais-proximo-de-voce

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Agentes Poluidores do Ar


A poluição da atmosfera ocorre pela introdução de inúmeras partículas suspensas no ar, alterando gradativamente as condições naturais de vários ecossistemas, bem como danos à saúde humana.

Entre os principais agentes geradores de poluentes estão: os motores dos automóveis, as indústrias siderúrgicas, as fábricas de cimento e papel, as refinarias, a incineração de lixos domésticos e as queimadas de florestas para expansão de lavouras e pastos.

Os poluentes mais incidentes na atmosfera, em geral nas grandes metrópoles, estão relacionados à emissão de gases, tais como: monóxido de carbono (CO), com concentração média igual a 45%; dióxido de nitrogênio (NO2), aproximadamente 16%; dióxido de enxofre (SO2), proporcionalmente a 19%; hidrocarbonetos com 13% de distribuição no ar; e 7% compreendendo as demais partículas.

As causas da intensa degradação ambiental são visivelmente observadas e sentidas através de processos cada dia mais evidentes, como:

- O fenômeno de inversão térmica, em virtude do aquecimento e má circulação de correntes de ar, com aumento significativo da temperatura e acúmulo de partículas poluentes em suspensão.

- Retenção da radiação solar aumentando o efeito estufa, essencial à manutenção da vida em níveis tolerantes, mas prejudicial quando excessivo.

- Precipitações com alto teor de substâncias ácidas (enxofre e nitrogênio) formando a chamada chuva ácida.

- E a destruição de camada de ozônio decorrente da emissão de gases do grupo dos clorofluorcarbonetos (CFC), utilizados na fabricação de geladeiras e plásticos, atualmente substituídos por outros compostos.

O monóxido de carbono, por exemplo, é um gás extremamente perigoso, que quando inalado pelo homem, associa-se à hemoglobina (célula do sangue) e forma um composto estável (a carboxiemoglobina), causando asfixia pela não oxigenação dos tecidos orgânicos.

Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/agentes-poluidores-do-ar.htm

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O CARRO ELÉTRICO POLUI






Do ponto de vista de poluição local, o carro elétrico é muito bom. Não emite gases tóxicos — nem sequer contribui para o aumento da poluição sonora. O problema é quando se abre o foco e se pensa do ponto de vista da poluição global. Para abastecer um carro elétrico, é preciso ligá-lo na tomada, por várias horas. Essa energia elétrica precisa vir de algum lugar. Na maior parte do mundo, ela é fornecida por queima de combustíveis fósseis: carvão, gás natural e óleo pesado. Ou seja, este tipo de veículo emite CO2 indiretamente, no momento de ser abastecido.

Vejamos: os carros elétricos estão no mercado há muito tempo. Já existiam em Paris, em 1881. Em 1888, Londres inaugurava seu primeiro ônibus movido a eletricidade. Tudo indicava que tomariam as ruas, mas quem venceu foram os veículos com motores de combustão interna. E não é porque eles são mais eficientes, não. É porque são mais baratos. Desde o século 19, esse panorama não mudou. Quando eu olho para daqui a 10 ou 20 anos, não vejo o carro elétrico dominando o mercado, porque ele é caro demais. Talvez, quem sabe, para 2050...

Ainda assim, o governo americano vem investindo nos subsídios a carros elétricos. Hoje, o cidadão do país que compra um veículo deste tipo pode abater até US$ 7.500 no imposto. O governo da Califórnia banca a instalação doméstica do aparelho de abastecimento do carro. A Europa vêm investindo pesado na pesquisa deste tipo de modelo. Mas estudos do próprio governo americano apontam que o carro elétrico continuará sendo comercialmente inviável pelos próximos dez anos.

O problema é que esses países são pressionados a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Para eles, o carro tende a ser o bode expiatório da emissão de CO2 porque os veículos podem ser considerados um luxo, principalmente em locais onde o transporte público funciona. Daí o investimento pesado em veículos híbridos, elétricos, movidos a hidrogênio... O importante é lançar no mercado modelos que não lancem poluentes por um escapamento. Se o carro elétrico vai aumentar a poluição gerada por usinas termelétricas, problema delas.

E estamos falando de países que não têm alternativas energéticas, mas constituem um mercado automobilístico grande e sólido. No caso do Brasil, a aposta em veículos elétricos, que vem sendo discutida internamente pelo governo federal, não faz nenhum sentido. Temos uma alternativa tão pouco poluente quanto o modelo elétrico, e muito mais barata: o etanol. Nosso álcool pode não ser 100% renovável, porque usamos diesel para arar a terra e transportar o combustível. Mas é equiparado aos carros elétricos, até porque as próprias plantações de cana-de-açúcar recolhem gases poluentes do ar. E essa é uma indústria já solidificada e instalada. Para reduzir a emissão global de CO2 não precisamos gastar o mesmo que os países europeus. Essa aposta faz sentido para a indústria automobilística deles, não para a nossa — até porque nosso mercado é composto por carros pequenos e (tirando a alta carga de impostos) baratos.

A aposta no carro elétrico é uma estratégia de autodefesa da indústria automobilística dos países desenvolvidos. Não é a hora do Brasil investir nesse mercado. Já temos nosso próprio combustível não-poluente, e ele é muito mais barato.

Francisco Nigro é engenheiro mecânico, pesquisador do desenvolvimento de motores e assessor técnico da Secretaria de Desenvolvimento do governo de São Paulo

Fonte: http://revistagalileu.globo.com

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ENERGIA SOLAR AUMENTA QUALIDADE DE VIDA NA ÁFRICA


Os painéis solares instalados no sudeste africano, pela ONG SolarAid, aumentaram a qualidade dos sistemas públicos de educação e saúde da região, transformando a vida de diversas comunidades carentes

Todo dia que o Sol dá as caras na zona rural do sudeste africano é um indício de que vai haver aula nas escolas da região. Foi graças à energia solar que milhares de jovens puderam retomar (ou até iniciar, em alguns casos) os estudos. Como muitas regiões da África sofrem com a falta de energia elétrica, um grupo de voluntários criou uma força-tarefa para instalar painéis solares nas escolas, possibilitando que os alunos pudessem aprender também a noite, quando os colégios costumavam ficar fechados por falta de eletricidade.

Com a energia limpa vinda dos raios de sol, foi possível retomar as aulas em 108 escolas da região. A captação de energia solar também permitiu que os estudantes tivessem acesso ao computador e à internet, buscando conteúdos na rede e aprendendo de uma maneira diferente daquela a que estavam acostumados. Essa é apenas uma das ações da SolarAid, ONG que trabalha para gerar energia para as comunidades africanas. Com atuação em países como Quênia, Tanzânia, Maláui e Zâmbia, a instituição já conseguiu levar energia para mais de 10 mil residências e mais 19 clínicas, além de hospitais e comércios. Com base em Londres, a SolarAid capacita voluntários para ensinarem os próprios moradores dessas comunidades a instalarem as placas fotovoltaicas (que transformam raios de sol absorvidos em energia elétrica) e ainda incentiva o empreendedorismo, à medida que possibilita que os habitantes capacitados passem a vender (por preços justos, claro) os produtos criados pela ONG com o selo SunnyMoney, que vão desde luminárias para as casas a carregadores de celulares e outros equipamentos.

Com um investimento de menos de 1,5 milhão de libras até agora, a instituição conseguiu gerar empregos, resolver o problema de falta de energia em 45% das comunidades carentes do sudeste africano, aumentar a incidência de crianças e adolescentes nas escolas e ainda promover o uso de uma energia limpa e renovável que, além de tudo, faz bem aos próprios moradores - que, assim, deixaram de consumir cerca de 2,3 milhões litros de querosene tóxico à saúde.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 30 de março de 2011

ESTÁDIOS DA FIFA DEVERÃO SER SUSTENTÁVEIS



Nova norma estabelece que, para serem homologados pela Fifa, estádios deverão possuir certificado de construção sustentável. No Brasil, para acelerar o processo, o BNDES está oferecendo vantagens de financiamento para as obras das arenas esportivas que estão alinhadas com os princípios estabelecidos para esse tipo de construção

Os grandes impactos da construção civil no meio ambiente já não são segredo para ninguém: de acordo com dados da ONG GBC-Brasil - Green Building Council Brasil*, o setor é responsável por 65% da produção anual de lixo do país, além de responder por 25% das emissões de CO2e e 41% do consumo de energia elétrica. Para tentar mudar essa realidade, muitos movimentos no Brasil e no mundo defendem os princípios da construção sustentável e, agora, até mesmo a Fifa - Federação Internacional de Futebol está aderindo à causa.

A mais nova exigência do Caderno de Encargos da Fifa, para os estádios que têm a pretensão de serem homologados pela Federação, é que as arenas esportivas possuam certificado internacional que ateste que suas obras foram realizadas em alinhamento com os princípios da construção sustentável. A certificação ainda deverá ser emitida por um dos três principais selos verdes do ramo: o Green Star, o Green Globes ou o Leed - Leadership in Energy and Environmental Design*, que no Brasil é concedido pela GBC.

Paralelo a isso, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou outra novidade que promete incentivar ainda mais o setor da construção sustentável: a instituição acaba de criar duas linhas de crédito - uma para arenas esportivas e outra para hotéis - que oferece vantagens de financiamento para as obras comprometidas com os princípios da construção responsável.

As novidades parecem, mesmo, ter despertado o interesse do setor esportivo pelas obras sustentáveis: cinco dos 12 estádios brasileiros que foram escolhidos para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 já entraram com pedido para certificação Leed. "O primeiro foi o Mané Garrincha, em Brasília, que já possuía projetos que seguem essa linha de atuação. Em seguida, vieram os outros estádios, que ficam em Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador", contou Marcos Casado, gerente-técnico da GBC-Brasil, que ainda completou: "Há uma sexta arena esportiva que entrou com pedido de certificação Leed, mas não foi eleita para sediar os jogos de 2014: a do Grêmio, em Porto Alegre. Lá, o Internacional - que é privado e ainda não demonstrou interesse no selo Leed - foi eleito como estádio-sede da Copa, mas acredito que ele corre o risco de perder esse posto para o Grêmio, exatamente por conta dessa questão da construção sustentável".

BENEFÍCIOS PÓS-COPA DO MUNDO
Na opinião dos profissionais da GBC-Brasil, as novidades não só ajudarão a termos uma Copa do Mundo mais verde em 2014, no Brasil, como também trarão benefícios para o país após o evento esportivo. "Os torcedores experimentarão os benefícios dos estádios sustentáveis - como melhor conforto e maior visão do gramado, além das vantagens ambientais - e começarão a demonstrar maior interesse nessas arenas esportivas. Logo, os estádios que ainda não estão de acordo com os princípios da construção sustentável sentirão a concorrência e também vão querer elevar seu padrão de qualidade", disse Maria Clara Coracini, que é diretora-executiva da GBC-Brasil.

Já o gerente operacional da ONG, Felipe Faria, lembra de um outro benefício, que está relacionado à paixão do brasileiro pelo esporte e, sobretudo, pelo futebol: "Eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas mobilizam todo o país e, por isso, tem um potencial gigantesco para transmitir mensagens à população. Acredito que, ao chamar a atenção para a questão da sustentabilidade, esses eventos podem ajudar a acelerar o processo de conscientização das pessoas".

Para Faria, ao vivenciar os benefícios das construções sustentáveis, os brasileiros passarão a levar mais em conta os critérios socioambientais na hora de comprar um imóvel. "Isso vai ajudar a aquecer o mercado residencial da construção sustentável, que ainda enfrenta dificuldades. Muitas construtoras alegam que não adotam os princípios da certificação Leed porque os clientes ainda não entendem os benefícios de pagar um pouco a mais pelo imóvel para ter economia financeira e maior bem-estar no futuro. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem ser excelentes oportunidades para mudar essa visão dos consumidores", afirmou.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

JAPÃO - ANTES E DEPOIS DO TSUNAMI



Imagens obtidas por meio de satélites têm sido importantes para fornecer um retrato exato da extensão da destruição causada pelo terremoto seguido por tsunami que atingiu o Japão em 11 de março.

O International Charter Space and Major Disasters, que distribui dados orbitais para auxiliar países afetados por desastres naturais, foi acionado pelo governo japonês no mesmo dia em que o desastre ocorreu. Como resultado, imagens feitas por diversos satélites estão sendo utilizadas para mapear as áreas afetadas.

Em janeiro, após deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro, o International Charter Space and Major Disasters foi acionado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para fornecer imagens e dados para serem utilizados nos trabalhos de recuperação e prevenção.

Fundada na Europa em 2000, a iniciativa combina dados de satélites de várias agências e operadores espaciais de modo a fornecer informações gratuitas que possam ajudar na coordenação de respostas mais rápidas a grandes desastres naturais, como os esforços de auxílio nas áreas atingidas.

A partir dos dados reunidos, especialistas têm podido avaliar a extensão da devastação causada pelo terremoto e tsunami que até o momento soma mais de 8 mil mortes confirmadas, com outras 12 mil pessoas desaparecidas e 360 mil evacuadas e acomodadas em abrigos temporários.

A comparação de imagens feitas antes e depois do desastre permite verificar onde havia estradas, prédios e outras construções e estimar o que foi destruído.

O trabalho de análise dos dados é coordenado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e pelo Instituto de Tecnologia da Ásia. Entre os satélites utilizados estão o TerraSAR-X, da Alemanha, o SPOT-5, da França, o Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), e unidades dos Estados Unidos.

Segundo a ESA, a análise dos dados ajudará não apenas no processo de avaliação e reconstrução no Japão, mas no aumento da compreensão de como desastres naturais podem atingir áreas habitadas, conhecimento essencial para o desenvolvimento de melhores sistemas de alerta.

Uma divisão do International Charter Space and Major Disasters está analisando 20 anos de dados de satélites de observação para ajudar a entender melhor o impacto dos riscos geológicos.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 16 de março de 2011

TECNOLOGIAS LIMPAS CHEGARAM PARA FICAR



Que diferença faz uma década. Defendidas antes apenas por ambientalistas radicais, as tecnologias verdes se tornaram um peso pesado na economia, segundo a empresa de pesquisa Clean Edge Inc., que fez uma análise do mercado americano, relata o Los Angeles Times.

Empresas que trabalham com construção verde e grades inteligentes (smart grids) proliferam. De menos de 10 mil carros elétricos híbridos em 2000, há hoje 1,4 milhão deles andando nas ruas dos EUA.

O mercado solar fotovoltaico cresceu uma média de 40% ao ano na última década, chegando a U$ 71.2 bilhões em 2010, comparados aos U$ 2.5 bilhões de 2000. O custo média de instalação de um sistema fotovoltaico era de U$ 9 por watt de pico, e hoje é de U$ 4.82.

A indústria eólica teve crescimento semelhante, com crescimento anual de 30% em média e saltando de U$ 4.5 bilhões em 2000 para U$ 60.5 bilhões em 2010. Quase um quarto de todo investimento de risco nos EUA vai hoje para tecnologias limpas, comparado a 1% em 2000. Este ânimo positivo segue a mesma intensidade de telefones, computadores e Internet, disse Ron Pernick, diretor da Clean Edge.

“Os mercados ainda não chegaram à maturidade, mas cresceram muito a partir de uma fundação muito pequena", segundo ele. Em 2010, com relação ao ano anterior, as receitas do mercado global combinado de energia solar, eólica e de biocombustíveis cresceu em 35%, chegando a U$ 188 bilhões - quantia que dever alcançar U$ 349 bilhões em dez anos.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

BRASIL PREPARA LEIS PARA CONTROLE DOS GASES HCFC



A necessidade de reforçar o controle de gases HCFC (hidroclorofluorcarbonos), que prejudicam a camada de ozônio, mobiliza o governo brasileiro na preparação de leis e normas mais restritivas. A consulta pública sobre o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs* foi encerrada em janeiro deste ano. A meta é reduzir em 10% o consumo de HCFCs até 2015; 35%, em 2020 e chegar a 97,5%, no ano de 2030.

A iniciativa, segundo o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, é apoiada por meio de dois projetos da instituição. Um se chama “Fortalecimento Institucional do Protocolo de Montreal” (tratado assinado em 1987 por 196 países para eliminar substâncias que destroem a camada de ozônio) e o outro “Os buracos nessa camada intensificam os raios solares ultravioletas, o que aumenta o risco de doenças como cegueira e câncer de pele”.

Apesar de o Brasil ter ratificado o Protocolo e se comprometido a manter controle rígido sobre a entrada da substância até 2013, enfrenta dificuldades principalmente com relação ao uso do HCFC por indústrias de refrigeração e de espumas. O seu ingresso no país, segundo o PNUD, tem aumentado 14% ao ano.

Hoje a importação tem cotas máximas liberadas e é controlada por licença emitida pelo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. A autarquia do MMA – Ministério do Meio Ambiente, entretanto, não dispõe de normas específicas para ações de fiscalização e sobre destinação de materiais apreendidos. Por ano, chegam a ser importadas para o país 24 mil toneladas de HCFC. Já no Brasil, a substância não é mais produzida, desde 1999. De acordo com o Protocolo de Montreal, até 2040, os países signatários devem zerar o ingresso da substância.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2011

ROLLS ROYCE VAI APRESENTAR O SEU PRIMEIRO ELÉTRICO



Nem o segmento mais sofisticado da autoindústria escapa da onda de veículos ecológicos. A Rolls-Royce anunciou esta semana o desenvolvimento de um protótipo 'eletrificado' do modelo clássico Phantom, que será apresentado ao público durante o Salão de Genebra, entre os dias 3 e 13 de março. Segundo a fabricante inglesa, o Phantom Experimental Electric, chamado de 102 EX, foi produzido em caráter experimental para testar o 'apetite' do mercado automobilístico de luxo por carros verdes.

Ainda não há muito para se ver, a empresa divulgou apenas três imagens do novo conceito e reservou os dados técnicos para o começo de março. Mas adiantou que apresentação do carro em Genebra é apenas o início de um tour mundial que o levará a vários pontos da Europa, do Oriente Médio, à Ásia e à América do Norte.

Nos países por onde vai passar, clientes da marca e candidatos terão a oportunidade de testar o modelo sustentável. Entretanto, quem quiser levar este luxo verde para garagem de casa, terá que aguardar até 2013 (ano estimado para lançamento) e desembolsar uma bagatela de mais de um milhão de euros, segundo especulações da imprensa internacional, quase o triplo do valor do Phantom clássico.

"Acabamos de criar o primeiro veículo elétrico do mundo acionado por bateria no segmento de ultraluxo", afirmou Torsten Muller-Otvos, diretor executivo da empresa, em nota à imprensa."Precisamos estar seguros de que qualquer alternativa que escolhermos para o futuro dos nossos carros seja uma autêntica 'experiência' Rolls Royce".

Em simultâneo com a apresentação do Phantom elétrico em Genebra, a Rolls Royce lança também o site www.electricluxury.com , onde pretende dar início a um debate sobre a oportunidade desta aposta. O site também irá fornecer atualizações regulares sobre o desempenho do carro elétrico durante o tour.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SERGIPE E SEU PLANO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO



A corrida contra o tempo sobre o alerta de desertificação em várias regiões brasileiras é refletida hoje em ações do governo federal e dos estaduais, na tentativa de instituir programas de adaptação e redução de danos de longa duração. Com esse propósito, nesta segunda-feira, foi realizada a 1ª Oficina de Elaboração de Estratégias para a Construção do PAE/SE - Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca de Sergipe. Ainda serão realizadas mais três para que se crie o esboço do documento. Os encontros têm a participação da sociedade civil, de governos na três esferas, além de instituições públicas e privadas.

Entre os tópicos discutidos, estão a valorização da população regional, a redução da pobreza e da desigualdade, a ampliação sustentável da capacidade produtiva, a gestão democrática e fortalecimento institucional e a preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais. Uma das bases para se estruturar o plano sergipano é o PAN-Brasil - Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação*.

NO BRASIL E NO MUNDO
No Brasil, são suscetíveis à desertificação, nove estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais e do noroeste do Espírito Santo. Ao todo, são 1.482 municípios, que ocupam uma área de 1.338.076 km2, o que corresponde a 15,7% do território brasileiro. Isso corresponde a pelo menos 32 milhões de pessoas potencialmente afetadas. Já no mundo, a área comprometida é de aproximadamente 5,1 bilhões de hectares em seis continentes.

Segundo o MMA – Ministério do Meio Ambiente, PE, CE, MG, PI e RN concluíram os PAEs. Neste ano, AL, ES, MA, PB, além de SE devem apresentar seus projetos.

Desde a década de 70, a tendência à desertificação causa preocupação à comunidade mundial, tanto que em 1977, houve a Conferência das Nações Unidas sobre a Desertificação, quando foi criado o Plano de Ação de Combate à Desertificação, o que foi reforçado na Rio 92. E em agosto do ano passado, a ONU instituiu a Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação.

Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MARCA BRASILEIRA LANÇA TÊNIS ECOLOGICAMENTE CORRETO



Se quando você pensa em tênis ecologicamente correto o que vem a sua cabeça é o francês Veja, está na hora de conhecer a linha Eco da Naturezza.

A marca brasileira, que produz calçados de lona reciclada de garrafas PET desde 2009,criou um modelo eco-friendly a cada detalhe: o cabedal é feito de Napa Acqua (material produzido à base de água - todo solvente utilizado na confecção é 100% recuperado e não há emissão de gases na atmosfera); o forro e a etiqueta são de fibra de bambu estampado com tinta também à base de água; o cadarço é de fibra de algodão; os ilhoses são de lacres de latas de refrigerante reciclados e o solado antiderrapante é de uma mistura de cortiça reciclada e tem aroma da árvore andiroba!

Para saber mais sobre esta novidade acesse o site: www.naturezza.com.br

Fonte: www.chic.ig.com.br/moda/noticia

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vale a pena ser sustentável em casa?


A resposta é afirmativa. Mas o que cada um pode fazer pelo planeta nem sempre é aquilo que os manuais recomendam.

O tema da sustentabilidade está nas preocupações de todos os brasileiros. Cada família deseja ajudar, na medida do possível, a reduzir o impacto sobre os recursos naturais do planeta. A dúvida é se o que cada um de nós pode fazer no cotidiano tem realmente influência num problema de dimensões planetárias.

A respeito disso, diz Cristina Mendonça, da consultoria em sustentabilidade Techni: "O impacto de mudanças individuais pode ser pequeno, mas elas ajudam a divulgar a ideia do consumo consciente. Dessa forma, as mudanças podem se tornar coletivas e formar o pensamento sustentável de pessoas que atuam em empresas e governos. Nesses locais, sim, elas podem implantar ações significativas". Com a ajuda de especialistas, VEJA analisou dez das atitudes domésticas mais sugeridas pelas campanhas ambientalistas.

Os índices (BAIXO, MÉDIO E ALTO) indicam o impacto positivo causado pela mundança de hábitos no consumo sustentável

• SUBSTITUIR SACOLAS DE PLÁSTICO PELAS DE PAPEL - BAIXO
A sacola de plástico é a atual vilã do ambientalismo. Sua substituição pelas de papel é a primeira - e muitas vezes a única - atitude sustentável que pessoas e empresas estão dispostas a adotar. Em decorrência disso, o consumo de embalagens de papel no Brasil aumentou 30% desde o ano passado. O plástico das sacolas demora quatro séculos para se decompor na natureza, usa petróleo como matéria-prima e, se jogado em rios e mares, provoca a morte de animais que engolem o resíduo. Só que as vantagens da troca não são tão evidentes. A produção do papel emite 70% mais poluentes atmosféricos que a de plástico. A reciclagem do papel consome 98% mais energia que a do plástico. A solução talvez não seja a troca, mas um descarte mais eficiente das embalagens plásticas.

• FAZER XIXI NO BANHO - MÉDIO
A campanha lançada pela SOS Mata Atlântica baseia-se numa conta simples: cada descarga utiliza 12 litros de água tratada. Como um adulto saudável urina, em média, quatro vezes ao dia, são 17520 litros de água por ano. O objetivo do xixi no banho é aproveitar a água que já está sendo usada e poupar uma descarga por dia. Evidentemente, há modos mais eficientes de economizar água. Adotar bacias sanitárias com caixa acoplada que gaste só 6 litros por descarga, por exemplo. De qualquer forma, toda iniciativa para economizar água tratada é bem-vinda.

• RECICLAR O LIXO - ALTO
Papel, vidro e plástico são recicláveis, com vantagens óbvias para a natureza. Economizam-se matéria-prima e energia. Evita-se o acúmulo de detritos em aterros e lixões. O problema é como fazer isso. Raras cidades brasileiras têm coleta seletiva de lixo. Em São Paulo, por exemplo, esse tipo de serviço só atende a 20% das residências. Em muitos lugares, o melhor a fazer é encaminhar o material reciclável para instituições ou cooperativas de recicladores.

• ABOLIR A CARNE DA DIETA - BAIXO
A rigor, não há motivo para colocar no mesmo prato a abstenção do consumo de carne (que é uma postura filosófica) e a adoção de hábitos sustentáveis - mas existe certa confusão popular entre as duas. É verdade que a pecuária responde por 17% das emissões de gases do efeito estufa e ocupa terras que teoricamente poderiam ser florestas - mas o mesmo se poderia dizer da agricultura. Ambos, a carne e os vegetais, são recursos renováveis domesticados pelo homem e fazem bem à saúde. "Alimentar-se só de vegetais pode causar doenças, como a anemia", diz Solange Saavedra, do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo.

• DEIXAR DE IMPRIMIR DOCUMENTOS - MÉDIO
Economizar papel tem três objetivos.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Urso Panda entra em campo com o Santos


Além dos mascotes Baleinha e Baleião, o Santos Futebol clube contou com o reforço do Urso Panda, símbolo do WWF-Brasil, cuja logomarca estampou a camisa do time contra o São Paulo, no domingo, dia 30/01.

A exemplo do ano passado, o Santos decidiu adotar a marca da organização não governamental ambientalista durante os primeiros jogos desta temporada, em uma ação de responsabilidade ambiental. O WWF-Brasil não paga qualquer valor pela exposição da sua marca na camiseta do clube.

O WWF-Brasil é uma organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

Criado em 1996 e sediado em Brasília, o WWF-Brasil desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

WWF-Brasil executa dezenas de projetos em parceria com ONGs regionais, universidades e órgãos governamentais.

A organização desenvolve atividades de apoio à pesquisa, legislação e políticas públicas, educação ambiental e comunicação.

Além disso, a organização apoia projetos de viabilização de unidades de conservação, por meio do estímulo a alternativas econômicas sustentáveis envolvendo e beneficiando comunidades locais.
Fonte: www.wwf.org.br

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

WWF-Brasil volta à camisa do Santos na estréia no Paulista


A intenção é divulgar o trabalho do WWF-Brasil, enquanto o Clube não oficializa patrocínios. “No ano passado, conseguimos trazer o Santos para patamares de mercado e agora estamos buscando uma nova valorização. Enquanto não acertarmos um novo contrato, vamos manter a ação com o WWF-Brasil”, disse o gerente de marketing do Santos FC, Armênio Neto.

Para o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o clube reverencia seu papel social ao apoiar a ONG. "O Santos não é apenas um time, mas uma instituição que integra a sociedade brasileira. Estar ao lado do WWF-Brasil nesta causa é mostrar que reconhecemos nossa responsabilidade social", afirma.

"Ao estampar a logomarca do WWF-Brasil em seu uniforme, o Santos Futebol Clube demonstra seu apoio à causa da conservação da natureza e do uso sustentável dos recursos naturais. Mais do que uma parceria de visibilidade, estamos certos que essa iniciativa irá contribuir para disseminação da mensagem do WWF-Brasil e chamar a atenção das pessoas para as questões ambientais.”, afirma o presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil, Álvaro de Souza.

A partir deste final de semana, a loja oficial do Santos FC na Internet, a Vila do Santos (www.viladosantos.com.br), comercializará um lote limitado de camisas do Peixe com o logo da WWF-Brasil.

No ano passado, o Santos Futebol Clube ostentou a logo da ONG em sua camisa por cerca de dois meses. O WWF-Brasil não paga qualquer valor pela exposição da sua marca na camiseta do clube.
Fonte: www.wwf.org.br

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aplicativo para iPhone reconhece aves da Mata Atlântica




Em uma iniciativa inédita, o Planeta Sustentável, da Editora Abril, com o apoio do WWF-Brasil, lança o primeiro aplicativo inédito para celular voltado para a observação de aves. Tendo como foco a Mata Atlântica, o aplicativo “Aves do Brasil - Mata Atlântica” oferece ferramentas aos usuários para facilitar a identificação das aves, tornando a tarefa rápida e divertida com acesso a informações, fotos e cantos de 345 aves catalogadas.

O conteúdo do aplicativo foi baseado no livro Aves do Brasil, Uma Visão Artística, que reúne a obra do ornitólogo Tomás Sigrist, que desde 1986 estuda e desenha aves brasileiras. Conhecida como birdwatching, ou birding, a atividade de observação de pássaros vem ganhando adeptos no Brasil e movimentando um mercado que reúne pousadas e guias turísticos especializados em vários estados. Hoje, o Brasil é o segundo país do mundo em diversidade de aves, segundo estatística do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (www.cbro.org.br).

Desenvolvido pela área de Conteúdo Digital do Guia Quatro Rodas, a pedido do Planeta Sustentável, o aplicativo permite ao usuário entrar com dados como cores predominantes e porte dos animais e reconhecer na hora a espécie por meio do banco de dados com imagens e cantos das aves. São 90 cantos e 205 fotos de aves da Mata Atlântica disponíveis. O descritivo dos hábitos de vida e o nome científico da ave também podem ser consultados.

O aplicativo permite interagir por meio da colaboração com o banco de dados de ocorrências. Contando com o dispositivo de geolocalização é possível registrar com precisão o avistamento da ave.

Outra possibilidade é compartilhar a foto da ave observada nas redes sociais, acompanhada das informações de sua localização, nome científico e descritivo de hábito de vida. No Twitter já está no ar o perfil @avesbrasil e no Facebook a comunidade facebook.com/avesbrasil.

Disponível para iPhone, iPod Touch e iPad, o aplicativo “Aves do Brasil - Mata Atlântica” é comercializado pela Apple Store com valor de download de US$ 6,99. Também já é possível baixar na loja on-line uma versão com 30 aves catalogadas para experimentação gratuita. Parte da renda obtida com a comercialização do produto será revertida para os projetos de conservação da natureza do WWF-Brasil.

Para baixar o aplicativo:
Versão Pro: http://itunes.apple.com/app/id398794177?mt=8
Versão Lite: http://itunes.apple.com/app/id398788397?mt=8

Fonte: www.wwf.org.br